domingo, 1 de abril de 2012

SEXTA FEIRA SANTA - The Calvary


Monte Calvário

 
Goólgota é o nome do local onde o Senhor Jesus foi crucificado. Deriva-se da palavra Aramaica "gulgulta "  (Mateus 27:33 e Marcos 15:22) e significa "local da caveira". Jeronimo usou a palavra "calvaria" na sua tradução para o Latin e por isso temos ambas as palavras, "caveira" e "Calvário."



Annibal Carracci  Quo Vadis Domine  1601-02 National Gallery  London


QUO VADIS, DOMINE?    PARA ONDE VAIS, SENHOR?

 "Simão Pedro perguntou: "Senhor, para onde vais? " Jesus repondeu-lhe:"Para onde eu vou, não  podes seguir-me agora; mais tarde me seguirás".João 13,36



 Luigi Garzi Domine Quo Vadis  séc.17 Gallerie Tarantino Paris



 Giovanni Odosi Odazzi  Domine Quo Vadis



Julius Schnorr von Carlsfeld Domine Quo Vadis bild auf leinwaind drucken




Christ on the road to Calvary  Andrea di Bartolo 1415-20



Evangelho - Mt 26,14-27,66

+ Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo Mateus 26,14-27,66

Carrying the Cross  Hieronimus III Francken  1650  Ermitage

"Daí o levaram para crucificar.
Com ele também crucificaram dois ladrões.
Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão,
da cidade de Cirene,
e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus.
E chegaram a um lugar chamado Gólgota,
que quer dizer 'lugar da caveira'.
Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber.
Ele provou, mas não quis beber.
Depois de o crucificarem,
fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes.
E ficaram ali sentados, montando guarda.
Acima da cabeça de Jesus
puseram o motivo da sua condenação:
'Este é Jesus, o Rei dos Judeus.'
Com ele também crucificaram dois ladrões,
um à direita e outro à esquerda de Jesus.
Se és o Filho de Deus, desce da cruz!
As pessoas que passavam por ali o insultavam,
balançando a cabeça e dizendo:
'Tu que ias destruir o Templo
e construí-lo de novo em três dias,
salva-te a ti mesmo!
Se és o Filho de Deus, desce da cruz!'
Do mesmo modo, os sumos sacerdotes,
junto com os mestres da Lei e os anciãos,
também zombaram de Jesus:
A outros salvou... a si mesmo não pode salvar!
É Rei de Israel... Desça agora da cruz!
e acreditaremos nele.
Confiou em Deus; que o livre agora,
se é que Deus o ama!
Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus.'
Do mesmo modo, também os dois ladrões
que foram crucificados com Jesus, o insultavam."


Christ Carrying the Cross  Gian Francesco Maineri  1510










The Way to Calvary  Jan Sanders van Hemessen  1553  Esztergon



Caravaggio  The Road to Calvary 



The Way to Calvary  Giovanni Antonio Bazzi 1510  Budapest

Andrea Solario Christ Carrying the Cross 1505 Priv. Coll




Kyrie: Orbis Factor by Ensemble Organum

This music is more than music: it's our spirit, it's our soul.


Arent de Gelder The Journey to Golgota 1715

Cristo Carregando a Cruz  Tiziano  Madrid



Christ Falls with the Cross  Domenicini 17th century The Getty Center Los Angels USA



Albtecht Dürer Zevensmarten Cruisdraging the Carrying the Cross




Gustave Doré Jesus Colapsses under the Cross 1865



  Johann von Schaudolf   The Carrying the Cross Hamburg Kunsthalle


The Road  to Calvary  Nicolo  Musso  Galleria Sabauda Torino


Raphael Santi Christ Falls  on thew Way to Calvary



Duccio de Buoninsegna  The Way to Calvary   13th century  Siena   
Simon of Cyrene carries the cross Simone of Cyrene, a passer-by coming home from the field, is commanded to carry the cross for Jesus. The Romans probably feared that Jesus would not make it to Golgotha on his own.




The Way to Calvary  Ercole de Roberti  15th cent.  Dresden




Jesus Meeting Veronica    Jacopo Bassano  1540  Nat. Gall. London


Cristo carregando a Cruz e Verônica com Sudário
Baegert Deric 1477-78  Madrid

Veronica  Bernardo Strozzi 1625-30  Madrid



Jesus Meeting Veronica  Carlos Caliari  Venice


Sta Veronica with the Sudarium  Master of St.Veronica 1420



St. Veronica with the Sudarium  Master of Leg.St.Ursula 1480-1500 Priv.Coll.

Christ Carrying the Cross Hieronymus  Bosch 1480 Kunsthistoriche Museum Vienna




pintor polaco, convertido à fé cristã Jerzy Duda Gracz.

Na 1ª estação da Via-Sacra,  ele representou os cenários modernos do mundo onde o julgamento do justo é feito em nome de poderes, mediáticos ou jurídicos, de maiorias, eleitas ou populares. Os microfones são a voz de comando de um poder cego.

http://zimborios.blogspot.com.br/search?updated-max=2013-02-21T12:50:00Z



Christ Carrying the Cross Hieronymus  Bosch Palácio Real Madrid



Christ Carrying the Cross fleming 1777 Paris



The Mocking of Christ   Annibal Carracci 1596Pinacoteca Nazional Bologne


Christ Carrying the Cross Hieronymus  Bosch 1515-16 Museum voor Schone Kunsten Ghent

A presença ameaçadora do mal, camuflada por semblantes humanos, serpeia por meio dos fatos: a traição isensata de Judas, a fraqueza dos discípulos, a implacável hostilidade e consentimento da multidão..os escárnios sem-fim inflingidos a um homem que morre.




Crist on the Road to Calvary  Peeter Baltens  1560  Priv. Coll.



Road to Calvary with Veronica's Veil  Giovanni Cariani  1523-25  Brescia


Christ on the Road to Calvary  Master Thomas de Coloswar (hungarian painter) 1427  Esztergom

“A Cruz é o «sim» de Deus ao homem,
a expressão mais elevada e intensa do seu amor
e a fonte da qual brota a vida eterna.
Do Coração trespassado de Jesus brotou esta vida divina.
Só Ele é capaz de libertar o mundo do mal
e de fazer crescer o seu Reino de justiça, de paz e de amor
ao qual todos aspiramos.”



Mensagem do Papa Bento X

Raffaelo Sanzi Procissão ao Calvário




The Passion of Christ  Unknown Mestre escola da Cologne  1400-30  Cologne


Holyface

Leonardo da Vinci  Milan




Christ taking Leave of his Mother Cornelis Engebrechtsz   1515   Rijksmuseum  Cristo  se despedindo da sua mãe


Despedida do Cristo da Sua Mãe    Lorenzo Lotto 1521

Christ Taking Leave of his Mother  Albert Altsdorfer  1520  Nat. Gall London




Viktor Mikhailovich Vasnetsov    Redentor



Victor Michailovitch Vasnetsov   Joy Righteous God triptych 19th century russian art

"E no entanto, a Sexta-feira Santa não concerne somente ao passado. É o dia do Pecado, o dia do Mal, o dia no qual a Igreja nos ensina a aprender a terrível realidade do pecado e seu poder no mundo. Pois o pecado e o mal não desapareceram: ao contrário, permanecem a lei fundamental do mundo e de nossa vida. Nós que nos dizemos cristãos não entramos freqüentemente nesta lógica do mal que conduziu o Sinédrio e Pilatos, os soldados romanos e toda a multidão a detestar, torturar e matar o Cristo? De que lado nós teríamos ficado se tivéssemos vivido em Jerusalém no tempo de Pilatos? Esta é a pergunta que nos é feita por cada uma das palavras do ofício de Sexta-feira Santa. É de fato "o dia deste mundo," de sua condenação real e não somente simbólica, e do julgamento real e não somente ritual, de nossa vida. . . É a revelação da verdadeira natureza do mundo que preferiu então e continua a preferir as trevas à luz, o pecado ao bem, a morte à vida. E condenando o Cristo à morte "este mundo" condenou-se a si mesmo à morte, e na medida em que aceitamos seu espírito, seu pecado e sua traição a Deus, estamos também condenados.
Este é o primeiro significado, terrivelmente realista, da Sexta-feira Santa: uma condenação à morte...


 Geertgen tot sint Jans Man of Sorrow  Utrecht Vansmarten

No entanto, este dia do Mal cuja manifestação e triunfo estão em seu paroxismo, é também o dia da Redenção. A morte do Cristo nos é revelada como uma morte salvífica para nós e para nossa salvação. Ela é uma morte salvífica porque é o supremo e perfeito sacrifício. O Cristo dá sua morte a seu Pai e no-la dá também. Ele a dá a seu Pai porque não há outro meio de destruí-la e libertar os homens dela; ora, é a vontade do Pai que os homens sejam salvos da morte. O Cristo nos dá sua morte porque na verdade é em nosso lugar que Ele morre. A morte é o fruto natural do pecado, um castigo iminente. O homem escolheu não mais estar em comunhão com Deus, porém como ele não tem a vida nele mesmo e por ele mesmo, morre. Em Jesus Cristo, entretanto, não há pecado, logo não há morte. É somente por amor a nós que ele aceita morrer; Ele quer assumir e compartilhar de nossa condição humana até o fim. Ele aceita o castigo de nossa natureza, exatamente como assumiu o fardo inerente à natureza humana. Ele morre porque se identifica verdadeiramente conosco, tomou sobre si a tragédia da vida do homem. Sua morte é então a revelação suprema de sua compaixão e de seu amor. E porque sua morte é amor, compaixão e co-sofrimento, nela a própria natureza da morte foi mudada. Ela não é mais um castigo, mas um esplendoroso ato de amor e de perdão, o termo de toda ausência de comunhão e de toda solidão. A condenação é transformada em perdão.
Enfim, a morte do Cristo é uma morte salvífica porque destrói a própria fonte da morte: o mal. Aceitando-a por amor, entregando-se a seus carrascos e permitindo-lhes uma vitória aparente, o Cristo manifesta que em realidade esta vitória é a derrota decisiva e total do mal. Com efeito, para ser vitorioso, o pecado deve aniquilar o bem, deve provar que ele é toda a realidade da vida, arruinar o bem e, numa palavra, mostrar sua própria superioridade; mas ao longo de sua Paixão, é o Cristo e somente ele que triunfa.



 Cathedral of Holy Family  Tulsa



O mal nada pode contra ele pois que não pode levar o Cristo a aceitar o mal como verdade. A hipocrisia se revela hipocrisia, o assassinato, assassinato, e o medo, medo. E enquanto o Cristo avança silenciosamente para a Cruz e para seu fim, quando a tragédia humana está em seu apogeu, seu triunfo, sua vitória sobre o mal e sua glorificação aparecem progressivamente em luz plena. A cada passo esta vitória é reconhecida, confessada, proclamada: pela mulher de Pilatos, por José, pelo bom ladrão, pelo centurião. Quando ele morre na cruz, tendo aceito o supremo horror da morte, a solidão absoluta (Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?)" não resta senão confessar: "Verdadeiramente este homem era o filho de Deus!" Assim esta morte, este amor e esta obediência, esta plenitude de vida destroem aquilo que faz da morte o destino universal. "E os túmulos foram abertos" (Mt. 27:52). Já aparecem os primeiros clarões da Ressurreição...



Ecce Homo  Giovanni Antonio Bazzi 1510Pinacoteca di Brera Milan




Christ Carrying the Cross ( detail) Giovanni Bellini





Christ Carrying the Cross  Juan  de Valdés Leal  1661 Bilbao


Christ Carrying the Cross   Juan de Flandes  1510  Palencia


Giovani Battista Tiepollo Christ Carrying the Cross 1737-38 Sant'Alvise Venice



"Olhai ó povos todos, e vede a minha dor!"