segunda-feira, 2 de abril de 2012

DOMINGO DE PÁSCOA - Surrexit Dominus vere! Alleluja!

O Felix Dies!
 




DOMINGO DA RESSURREIÇÃO


É costume em alguns mosteiros organizar a  procissão em volta do claustro , cantando o Salve, Festa Dies,  antes de Laudes na manhã de Páscoa.






Este é um dos mais antigos hinos utilizados pela Igreja, escrito por Venâncio Fortunato antes de 609 AD! Sublime, poético e bonito, este hino é considerado extremamente precioso pela Igreja.   Ela só faz uso dele uma vez por ano, durante a maior festa de seu ano litúrgico!  A Páscoa é na verdade a maior festa, ainda maior do que o Natal. Há pelo menos 40 dias para a preparação de Páscoa, mas apenas 4 semanas para o Natal. Além disso, Nosso Senhor nasceu, a fim de nos redimir - por isso a festa comemorando sua missão de vida (Redenção) deve ser o mais importante. Esta sequência é muitas vezes cantada antes da Missa do dia de domingo de Páscoa.


...5. Christe, salus rerum, osso Conditor atque Redemptor
Unica progênies ex Deitate Patris
6. Qui gênero humanum cernens mersisse profundo
Ut hominem eriperes es quoque factus homo
7. Funeris exsequias pateris vitae et orbis auctor
Intras mortis iter Dando salutis opem


The Resurrect Christ  Salvator Rosa 17th century

"Salve o dia que é a glória dos dias,
feliz dia de Cristo vitória,
dia pleno de eterna alegria,
o primeiro."

Liturgia da Horas

The  Resurrection Tiziano Vecellio 1542-45

REGINA CAELI LAETARE,

a canção mais bela das que conheço !

 Antifona gregoriana

Rainha do céu, alegrai-vos, Aleluia.
Por que o que merecestes trazer em vosso puríssimo seio, Aleluia.
Ressuscitou como disse, Aleluia.
Rogai a Deus, por nós, Aleluia.
Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, Aleluia.
Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, Aleluia.


Christ appears to his Mother Guercino



Francesco Albani  The Holy Women at Christ's Tomb 1640-60
Fra Angelico  Crist Rising from his Tomb 1438-45

REGINA CAELI LAETARE

 Antifona gregoriana

 Na antiguidade, a idéia de uma ressurreição dos mortos não era de todo comum nem compartilhada por todos. O grego não admitia a possibilidade de uma ressurreição da carne, nem tampouco seriamente postulava uma sobrevivência da alma espiritual. Mostrava-se então facilmente propenso a interpretar em prisma mitológico o lado escandaloso da ressurreição de Jesus. Quanto ao judeu piedoso, compreendia a ressurreição dos mortos em termos rigorosamente escatológicos e universais. A sentença “Jesus Crucificado foi ressuscitado dos mortos” deveria parecer aos judeus como indébita individualização.




Fra Angelico  The  Resurrection  1450



Haec est dies quam fecit Dominus.
Exultemus et laetemur in ea




Christ Triunphant over the the Sin and Death  1615-1622 Liechteinstein Museum



The  Resurrection     Andrea Mantegna      1457-59



 “O caráter de absoluto e definitividade escatológicos, que marca a figura de Jesus, obriga-nos a concluir que com Ele já se faz presente, no mundo, o futuro de Deus”. (Dietrich Wiederkehr).

Gianbattista Tinti  Resurrection


Evangelho - Jo 20,1-9

Ele devia ressuscitar dos mortos


"No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus,
bem de madrugada, quando ainda estava escuro,
e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo.
Então ela saiu correndo
e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo,
aquele que Jesus amava,
e lhes disse: 'Tiraram o Senhor do túmulo,
e não sabemos onde o colocaram.'
Saíram, então, Pedro e o outro discípulo
e foram ao túmulo.
Os dois corriam juntos,
mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro
e chegou primeiro ao túmulo.
Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão,
mas não entrou.
Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás,
e entrou no túmulo.
Viu as faixas de linho deitadas no chão
e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não posto com as faixas,
mas enrolado num lugar à parte.
Então entrou também o outro discípulo,
que tinha chegado primeiro ao túmulo.
Ele viu, e acreditou.
De fato, eles ainda não tinham compreendido a
Escritura,
segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos."

Então Simão Pedro chegou e entrou. Ele também notou os lençóis ali deixados, enquanto o lenço que cobrira a face de Jesus estava dobrado e colocado em um lado.  Isto é importante? Definitivamente.Isto é significante? Sim.Para poder entender a significância do lenço dobrado, você tem que entender um pouco a respeito da tradição Hebraica daquela época. O lenço dobrado tem tudo a ver com o Amo e o Servo; e todo menino Judeu conhecia a tradição. Quando o Servo colocava a mesa de jantar para o seu Amo, ele buscava ter certeza em fazê-lo exatamente da maneira que seu Amo queria. A mesa era colocada perfeitamente e o Servo esperaria fora da visão do Amo até que o mesmo terminasse a refeição. O Servo não se atreveria nunca tocar a mesa antes que o Amo tivesse terminado a refeição. Se o Amo tivesse terminado a refeição, ele se levantaria, limparia seus dedos, sua boca e limparia sua barba e embolaria seu lenço e o jogaria sobre a mesa. Naquele tempo o lenço embolado queria dizer: "Eu terminei".Se o Amo se levantasse e deixasse o lenço dobrado ao lado do prato, o Servo não ousaria em tocar a mesa porque o lenço dobrado queria dizer:

"Eu voltarei!"
Ele está voltando! O recado nos foi dado claramente!


http://almascastelos.blogspot.com/







Painel Ressurreição do Retábulo Isenheim
Matthias Grünewald, 1510
Esta imagem da Ressurreição é parte do Retábulo Isenheim da capela do Mosteiro de Santo António em Isenheim, Alsace. Mas quando as asas do retábulo são abertas, uma visão completamente diferente cumprimenta o espectador, agora ofuscado por um clarão de luz dourada. Três painéis surgiram, mostrando a Anunciação, o concerto dos Anjos, e da Ressurreição. Ao contrário dos exteriores, estes painéis interiores são cheios de luz.
O drama dessa luz é especialmente óbvia contra o céu da noite escura no fundo da cena da Ressurreição. Mensagem de Grünewald? Cristo traz luz para o mundo.
Significativamente, os soldados na pintura Grünewald não estão dormindo. Eles se contorcem longe do brilho que emana de Jesus, como  faz  a dor física. Seus olhos ficam deslumbrados, e eles próprios estão sobrecarregados. Sua armadura e túnica acolchoada não oferecem proteção agora.
Acima deles, o sereno e enigmático Jesus paira, em seu corpo etéreo. Apenas as mãos perfuradas, estendidas em direção ao espectador, lembram do tormento que Ele tem há pouco suportado.


The Resurrection  Agnolo Bronzino  1552 Santíssima Annunziata Florence


O núcleo do Evangelho é o alegre anúncio da ressurreição do Cristo, vencedor da morte.


He is Risen  Arthur Huges 1893


"Este é o dia que o Senhor fez para nós,
exultemos e alegremo-nos nEle!

Dai graças ao Senhor porque Ele é bom,
e a Sua misericórdia é eterna."



The Resurrection  Hendrick van den Broeck  Cappela Sistina

“É próprio do mistério de Deus agir calmamente. Pouco a pouco Ele constrói na grande história da humanidade a sua história. Torne-se homem, mas de modo a poder ser ignorado por seus contemporâneos, pelas forças influentes da história. Sofre e morre e, como o Ressuscitado, quer vir para a humanidade apenas através da fé dos seus, aos quais se manifesta. Continuamente Ele bate suavemente às portas de nossos corações, e, se abrimos, lentamente nos tornamos capazes de “ver”. E, no entanto, — não seria este talvez o estilo do divino? Não devasta com a potência exterior, mas dá liberdade, dar e suscitar amor. E isso que, aparentemente, é tão pequeno, não é talvez – pensando bem— o que é verdadeiramente grande?”.Papa Bento XVI


The Resurrection  Dieric  Bouts the Elder 1450-60  Pasadena



Haec est dies quam fecit Dominus.
Exultemus et laetemur in ea




 
Bramantino, o Cristo Ressuscitado, 1490
 
Bramantino (cerca de 1465-1535) foi um pintor e arquiteto cujo verdadeiro nome era Bartolomeo Suardi. Suas obras foram conhecidas pelas suas belas formações arquitetônicas - embora haja pouca evidência disso em "O Cristo Ressuscitado".Parece-me que Bramantino estava tentando capturar a imagem de um homem perfeito - perfeito na forma, no intelecto, e compaixão. Ao mesmo tempo, seu " Cristo é um homem que passou pela morte e agora é parte não do mundo que nós, os vivos, habitamos. O manto que Jesus envolve em torno de si tem um brilho quase metálico para isso, espelhando a palidez da pele. E ainda assim você percebe que o rosto em si tem uma cor diferente, como se não houvesse mais vida nele. A pele é luminosamente pálida, sobrenatural, embora ela mostra as marcas de violência e as veias levantadas de um corpo vivo. Os olhos são tristes, olhando através do passado do espectador. Eles são os olhos de alguém que está em outro lugar. Estes olhos viram as coisas da vida que não podemos ver. Eles são inquietantes.


The Resurrection  Marco Basaiti 1520  Bergamo


O Deus se manifesta no sinal do éschaton, é Aquele que é “tudo em todas as coisas” (cf. 1Cor 15,28), a realidade simplesmente, a presença que liberta e ao mesmo tempo envolve tudo e todos.


Rersurrection  Tiziano Vecelli  1520-22 Brescia

Os discípulos de Jesus ainda estavam na escuridão da morte porque a fé deles ainda não se despertara para o Dia da Ressurreição.
Sair da noite da falta de fé e despertar-se para a aurora da Ressurreição é um caminho pessoal lento e duro.

The Resurrection  Albert Altdorfer  Vienna

É necessário ir atrás do Senhor,à sua procura mesmo às apalpadelas, na escuridão, pôr-se a caminho a correr. Com efeito a aurora da Ressurreição vai surgindo lentamente entre as entranhas da noite.


Resurrection of Christ  Paolo Veronesse  1570  Gemäldegalerie Dresden

"Mas Deus nos supreende sempre. Da Sua Morte na Cruz, Ele faz Redenção. Da sepultura fria, Ele faz o Sepulcro Vazio. O nosso pecado Ele cobre com o Seu Perdão e transforma o horrendo Deicídio em fonte de Graça e de Salvação. Porque Ele é Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal."



Resurrection of Christ unknown flemish Master 1400 Antwerp

"É por demais incompreensível este Amor de Deus! Nós O rejeitamos, nós O condenamos, nós O crucificamos e O sepultamos. Nós não O quisemos no nosso mundo, nós O expulsamos daqui! E, mesmo assim, Ele voltou. Mesmo após termos feito tudo o que poderíamos para nos livrarmos d’Ele, Ele retornou. E, por absurdo que isto possa parecer, retornou parecendo amar-nos ainda mais."


Resurrection of Christ  Tintoretto  1565  Venice

"Ó morte, eu serei a tua morte!
Ó inferno, eu serei a tua ruína!"


Resurrection of Christ  Hans Memling  Budapest

"Por sob a pedra posto,
por guardas vigiado,
sepulta a própria morte
Jesus ressuscitado." 

Resurrection of Christ  Unknown Master of Trebon  Národní Galerie Prague

"Retornou Glorioso, Ressuscitado, tendo vencido a Morte e prometendo-nos também a nós esta vitória! Como é possível? Acaso recebem prêmios os nossos pecados, recompensas tão mais maravilhosas quanto maiores forem os nossos crimes? Qual a lógica das atitudes deste Homem que visivelmente não está disposto a desistir de nós, por mais que nós deixemos claro que não O queremos em nossas vidas?"


Resurrection of Christ Master of the Osservanza 1445  Detroit

"A lógica do amor de Deus ultrapassa todas as lógicas humanas. Para Ele, uma lágrima contrita é capaz de cobrir toda uma multidão de pecados; não foi exatamente isto que Ele fez por nós na Cruz da Sexta-Feira, ao oferecer à Majestade Divina a satisfação devida pelos nossos pecados? Enquanto O matávamos, Ele nos perdoava. E, quando chorávamos a nossa loucura, Ele já nos dava Vida. E hoje, Ressuscitado, veio assegurar-nos de que estará conosco. Todos os dias. Até o Final dos Tempos"


Era conveniente que Nosso Senhor ressurgisse com as cicatrizes em seu corpo.
Por causa da glória mesma de Cristo. Conservou as cicatrizes, não porque não podia fazê-las desaparecer, mas para manifestar a todos, e para sempre, o triunfo da sua vitória. Por uma razão semelhante, segundo alguns santos, talvez, no reino celeste, veremos nos corpos dos mártires as cicatrizes das feridas que sofreram pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. O que lhes constituirá, não uma deformidade, mas uma dignidade. Há de refulgir neles a beleza da virtude existente no corpo, mas sem ser do corpo. 


Fonte: Suma Teológica, Parte III, questão 54, artigo 4




Cristo Ressuscitado - Álvaro Pires de Évora, c. 1430, têmpera sobre madeira106 x 76 cm Szépmüvérzeti MuseumBudapeste, Hungria



Pontormo The Resurrection


Marco D'Oggiono Resurrection of Christ with st Leonardo and St Lucy 1491-94



Haec est dies quam fecit Dominus.
Exultemus et laetemur in ea


Ressurreição e a Descida ao Hades


Raffaelo Sanzio  A Ressurreição do Cristo 1499-1502 Museum de Arte São Paulo



Haec est dies quam fecit Dominus.
Exultemus et laetemur in ea


Raffaelo Sanzio  A Ressurreição do Cristo (detail) 1499-1502 Museum de Arte São Paulo


"Como não nos rejubilarmos? Como não nos unirmos a toda a Igreja para cantarmos, neste Domingo Glorioso, a vitória de Cristo que é também a nossa Vitória? Sim, O Felix Culpa! Deus não se deixa vencer e, desafiado pelo nosso pecado, mostrou-se Magnânimo para além de qualquer razoabilidade.  
Nossas culpas foram soterradas pelo infinito Amor de Deus!  
Como não nos alegrarmos? É Páscoa, é Ressurreição. Cristo venceu e, com Ele, também nós vencemos – Aleluia!"


 
"A Ressurreição", de Carl Heinrich Bloch



Haec est dies quam fecit Dominus.
Exultemus et laetemur in ea





Carl Bloch era um artista bem conhecido e popular dinamarquês no século 19. Ele pintou uma série de obras sobre a vida de Cristo, que estão agora alojadas no Palácio de Frederiksborg, na Dinamarca. Suas pinturas não agradaria os aficionados da arte de hoje – as obrasem si são muito limpas, calmas e europeas. Eles não expressam a dura realidade da vida de Jesus, mas sim um ideal. Isso atende ao desejo do século 21 para a realidade histórica. Mas o melhor de seus quadros são muito bonitos, como mostra este exemplo.


"Unamos, portanto, a nossa voz à voz dos anjos e dos santos todos que cantam a vitória de Nosso Senhor."



Ó Felix Culpa!




Rembrandt van Rijn Resurrection  1635
 
Aqui na pintura de Rembrandt Cristo está por trás do anjo. Mas ele não é mais um ser humano reconhecível. Em vez disso Ele é a  pura luz e energia que irradiam para fora da escuridão do túmulo, uma afirmação teológica, em vez física. Em face dessa luz, os seres humanos em queda formam um grupo confuso. Rembrandt, talvez o mais famoso pintor holandês do século 17 e um dos maiores em toda a Europa, estava usando a mesma técnica que Caravaggio usava com sucesso como: uma luz forte destacando a escuridão em torno dele. O 1630 foi um momento particularmente próspero para Rembrandt. Ele se casou com Saskia van Uylenburgh, sobrinha rica de um negociante de arte, e eles tiveram quatro filhos, dos quais apenas um sobreviveu. Seu filho primogênito nasceu e morreu no ano de 'A Ressurreição' foi pintada. A idéia de conquista de Cristo sobre a morte pode ter parecido especialmente relevante para Rembrandt neste momento doloroso, já que ele era profundamente religioso e um homem de família dedicado.

 

The Resurrection  Fra Bartolomeu



 A Ressurreição do Cristo  Andrea Mantegna






Haec est dies quam fecit Dominus.
Exultemus et laetemur in ea






Cottolengo  Cristo Rissorto



 O Cristo Ressuscitado, Ambrogio de Stefano Borgognone, 1510

Ambrogio de Stefano Borgognone  Resurrection 1510

Serenidade. Aceitação. Calma. Um naturalismo delicado. E uma certa tristeza. Essas foram as qualidades que Borgognone apresentou na sua pintura de Cristo Ressuscitado. O Homem de Deus - Ele mostra não é mais incomodado com os cuidados de sua vida turbulenta. Ele passou, além disso em sua glória.


Giovanni Bellini The Resurrection  1477

O foco central do culto em uma igreja católica medieval era o altar. Aqui, o padre consagrou o pão e o vinho para que ele tornar-se o Corpo e o Sangue de Cristo. Imediatamente após o pão havia sido consagrado, ergueu-o alto, para que todos os membros da congregação poderiam vê-lo. Agora imagine o drama da cena jogado contra o pano de fundo de "Ressurreição" de Bellini, um retábulo de pé imediatamente atrás do altar. Enquanto o padre levantou a hóstia para o céu, sua ação foi ecoada pela figura de Cristo, subindo para o céu a partir de seu túmulo. O paralelo não poderia ter sido mais óbvio. A imagem repetiu o que estava acontecendo na Missa A forma do caixão de Jesus foi semelhante ao do altar; no próprio altar estava um pano branco e não o sudário, agora descartado; e um céu do amanhecer, com ramos brotando nas árvores, sugerindo a renovação da Natureza. Mesmo alguns coelhos insolentes, símbolos da nova vida, cambaleiam aos pés de Jesus.


"O Senhor ressuscitou e seu povo iluminou,
ao qual remiu com o seu sangue.Aleluia."



Christ in the Sepulchre with two Angels  Andrea del Castagno 1447 Sant'Appolonia Florence



The Resurrection  Bartholomeu Esteban Murillo



Ó Felix Culpa!



The Resurrection  Ortodox icon




“Eu sou a origem e o fim de tudo…  
Aquele que tenha sede eu lhe darei o manancial da água da vida.”



The Resurrection of Christ  Noel Coypel


A cruz nos anuncia o sentido de sua Ressurreição; 
nela o Ressuscitado lança o olhar sobre nós 
e mantém-no fixo sobre nossas pessoas.


The Morning of the Resurrection


Christ in Glory  Lorenzo Lotto 1543

Unamos, portanto, a nossa voz à voz dos anjos e dos santos todos que cantam a vitória de Nosso Senhor.
Porque Cristo, nossa Páscoa, foi imolado. Porque os nossos pecados foram perdoados. Porque a Glória foi conquistada para nós. Porque Ele ressuscitou verdadeiramente." Jorge Ferraz



Ressurection  Marco Basaiti 1520


"Pelos nossos pecados se entregou e ressurgiu para nos justificar. Aleluia."


Resurrection  Fra Angélico Convent St.Marcos1440 Florence
 
 Ressurreição de Cristo e as mulheres no sepulcro
Fra Angelico, 1440
Afresco

Fra Angélico era um monge dominicano que viveu no Convento de San Marco, Florença no final do século 15. As paredes dos dormitórios e as células foram pintados com cenas maravilhosas da vida de Cristo, de modo que o silêncio da vida monástica foi inundado em vez de pensamentos de Jesus Cristo. Esta pintura da Ressurreição de Cristo, e as mulheres no sepulcro foi pintada durante a permanência do artista no convento nos anos  de 1436-1446.
Fra Angelico visa apenas o assunto, e ele não distrair o espectador com detalhes desnecessários.
A graça e a dignidade das mulheres não escondem a sua mágoa, elas se voltam procurando alguma explicação para a figura do anjo, que deve, por sua natureza, ser fisicamente insubstancial, mas ao invés disso tem uma espécie de tranquilizadora solidez e autoridade. Dominic reza, cabeça baixa e olhos baixos. O Cristo ressuscitado cuida de todos eles.






Resurrection of Christ Giotto di Bondone







The Three Marys at the Tomb  Peter Cornelius  1815-22  Neue Pinakotec Munich





The Three Marys at the Tomb Hubert van Eyck  Rotterdam








Haec est dies quam fecit Dominus.
Exultemus et laetemur in ea




Holy Women at Christ´s Tomb  1590  Annibal  Carracci  Ermitage



The Three  Marys  Batholomeo Schedoni 1613










Savior Risen
Simon Dewey , "Ele Vive"
Simon Dewey é um dos artistas religiosos mais visíveis  do final do século 20.
  A mensagem é forte e direta: Cristo ressuscitou, Ele é o Salvador. A pedra é rolada para o lado, e as trevas e da morte estão por trás dele


The Three  Marys




Resurrection  Alvisse Vivarini  1497-98  San Giovanni in Bragora Venice



The Resurrection of Christ  Mikhail Nesterov 1890




I Pedro 1,18-21
"Sabeis que fostes resgatados da vida fútil herdada dos vossos pais, não por meio das coisas perecíveis, como a prata e o ouro, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha nem defeito. Antes da criação do mundo, Ele foi destinado para isso, e, neste final dos tempos, Ele apareceu, por amor de vós. Por Ele é que alcançastes a fé em Deus. Deus o ressuscitou dos mortos e Lhe deu a glória, e, assim, a vossa fé e esperança estão em Deus."





The Resurrection of Christ  Cranach the Junger

 
É na cruz que se põe e se resolve, definitivamente, a questão da autenticidade da fé, de Deus e do futuro. Cruz, porém, que não se deve dissociar da Ressurreição. A cristologia, terá então, também, condições para nos fazer redescobrir o sentido mais profundo da própria escatologia.


The Resurrection  Fra Bartolomeu


O “novo mundo” irrevogavelmente prometido em Jesus Cristo já se acha em via de realização.


The Resurrection of Christ   Jacopo Tintoretto  (Robusti)


A escatologia, se de um lado deve proclamar a afirmação do Reino de Deus, deve por outro reconhecer que a vitória de Deus não pode ser obtida mediante o aniquilamento do homem.


The Resurrection of Christ Alessandro Turchi L'Obretto 1621



Haec est dies quam fecit Dominus.
Exultemus et laetemur in ea




Peter Paul Rubens, (1) Cristo Ressuscitado, (2) A ressurreição de Cristo

Rubens contribuiu mais do que qualquer outro mestre flamengo para a formação do estilo barroco do século XVII. Suas obras são vivas, dramáticas e, francamente sensuais, glória da beleza da forma humana. Elas são coloridas, generosas, voluptuosas, expansivas - todas as qualidades da melhor arte barroca e música.
Em ambas as telas, a figura de Cristo domina o espaço. Não há nada de etéreo e de outro mundo aqui, mas um corpo humano masculino em toda a sua beleza. Um deus, na verdade, e um triunfante na outra.
O vigor do corpo vivo de Cristo nas duas pinturas  é acentuado pelo uso magistral de luz e sombra.


 The Resurrection of Christ


 A Ressurreição de Jesus não relativiza pois a cruz a ponto de agora fazê-la um dado superado ou uma fase passageira para a glória celeste, mas a qualifica como acontecimento salvífico escatológico, pois só ela diz quem propriamente é aquele que padeceu e morreu.

ortodox icon

 The Resurrection of Christ



 The Resurrection of Christ

Haec est dies quam fecit Dominus.
Exultemus et laetemur in ea




The Resurrection of Christ





The Resurrection of Christ Clastman


 The Resurrection of Christ



Haec est dies quam fecit Dominus.
Exultemus et laetemur in ea




The Resurrection of Christ


The Resurrection of Christ Pinturicchio 1492-94



Resurrection  Passignano  1600-25 Pinacoteca Vaticano



Haec est dies quam fecit Dominus.
Exultemus et laetemur in ea




Resurrection of Christ  Francesco Bassano  1584-89  Sant.Redentore  Venice


"O cristianismo promete a eternidade daquilo que se realizou nesta terra. Deus conhece e ama este homem total que somos atualmente. Portanto, é imortal tudo aquilo que cresce e se desenvolve nesta nossa vida de agora. É através do nosso corpo que sofremos e amamos que esperamos que experimentamos a alegria e a tristeza, que progredimos ao longo do tempo. Tudo o que assim cresce na nossa vida presente, tudo isso é imperecível. É, pois, imperecível aquilo em que nos tornamos no nosso corpo, aquilo que cresceu e amadureceu no coração da nossa vida, em ligação com as coisas deste mundo. É o «homem total», tal como se situou neste mundo, tal como viveu e sofreu que será um dia levado para a eternidade de Deus e que tomará parte, no seio do próprio Deus, na eternidade. Isto deve inundar-nos duma alegria profunda."
Comentário ao Evangelho do dia feito por Cardeal Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI) Mitarbeiter der Wahrheit (Viver a própria fé)

Resurrection  copta icon



Resurrection Miguel Ximénez 1489  Prado



Tryptych de la Ressurection du Christ Giovanni Campassini 1555  Louvre



Haec est dies quam fecit Dominus.
Exultemus et laetemur in ea




Resurrection of Christ  copta icon


The Resurrection of Christ  orthodox russian icon



Haec est dies quam fecit Dominus.
Exultemus et laetemur in ea


Duccio di Buoninsegna  The Resurrection of Christ  XIV cent.


Benozzo Gozzoli Women at the Tomb (detail) 1440



W.Adolphe Bouguereau  The Three Marys at the Tomb


The Three Maries Giovanni Capassini 1555 Louvre


 orthodox icon





 Resurrection of Christ  orthodox icon



Christus resurrectus est    orthodox icon


 Resurrection  Arte copta Etiópia África




The Resurrection of Christ Di Giovanni 1490






Haec est dies quam fecit Dominus.
Exultemus et laetemur in ea



Anjo da Ressurreição  Arte copta Etiópia África


Anjo da Paixão Aleijadinho     Matosinho



The Resurrection of Christ  zirl Parrich Church




The Resurrection of Christ Raffaelino del Garbo 1510



Haec est dies quam fecit Dominus.
Exultemus et laetemur in ea

Nicolas Regnier Trauer der Marie Magdalene


"Maria Magdalena, diante do túmulo vazio, prova visível da ressurreição, retira-se horrorizada, pensando que o corpo do Senhor fora roubado. Mas depois, enquanto chorava sozinha junto à tumba vazia, o Senhor mesmo vem lhe ao encontro e a chama por nome:"Maria!" Nesse momento ela é iluminada de imensidão que a arranca da escuridão pela qual passava e a fizera confundir Jesus com o jardineiro. Ela pôde  reconhecê-lo  plenamente e identificá-lo, sem sombra de dúvida, respondendo-lhe em linguagem familiar: "Rabbuni" ( que quer dizer Mestre) Ela havia saído à procura do Morto e foi encontrada por Aquele que Vive."
Comentário do  Evangelho :Frei Aloísio de Oliveira OFM Conv




"Maria Madalena Aproximando-se do túmulo",
Gian Girolamo Savoldo , 1535-40

Maria e as outras mulheres (não mostradas pelo pintor) aproximam-se do túmulo na manhã de domingo ao amanhecer. Elas têm plantas aromáticas e pomadas perfumadas para ungir todo o corpo de Jesus. Mas o corpo está desaparecido. Dor e confusão superam a Maria, e ela chora. Então, ela ouve um som atrás dela, e se vira para olhar. O que está por trás dela? É muito cedo de manhã, e à esquerda da imagem está a madrugada  a despontar ao longo do horizonte. Mas uma luz muito mais forte vem de trás do ombro esquerdo de Maria, iluminando todo o seu corpo. Seu manto é brilhante - Savoldo sugere a luz por trás dela que é mais forte que mesmo a luz do sol - e, claro, o espectador sabe que esta luz é Jesus, ressuscitado.



Eugene Burnard  Peter and John Running to the Tomb 1898 Musée d'Orsay Paris
Pedro e João Correndo ao Túmulo





Quia surrexit sicut dicit…



Giovanni Batista Tiepolo  Santo Sudário




Dois discípulos no túmulo, Henry Tanner Ossawa



Jesus Appears to Mary Magdaleene  Lavinia Fontana  1581  Gall. Uffizi  



Desceram o corpo da cruz e um dos poucos homens ricos entre os primeiros Cristãos obteve permissão para o enterrar num túmulo escavado na rocha no seu jardim; os Romanos montaram uma guarda militar não fosse haver algum tumulto e uma tentativa de recuperar o corpo. Uma vez mais houve um simbolismo natural nestes procedimentos; parecia adequado que o túmulo fosse selado com todo o secretismo das sepulturas orientais antigas e guardado pela autoridades dos Césares. Porque nessa segunda caverna a totalidade da grande e gloriosa humanidade a que chamamos antiguidade foi reunida e fechada; e nesse lugar foi enterrada. Foi o fim de uma grande coisa chamada história humana; a história que foi  meramente humana. As mitologias e as filosofias estavam enterradas ali, os deuses, os heróis e os sábios. Na grande frase romana, tinham apenas vivido . Mas como apenas podiam viver, também apenas podiam morrer; e estavam mortos.

No terceiro dia os amigos de Cristo, vindos de madrugada até àquele lugar encontraram o túmulo vazio e a pedra afastada para o lado. De modos vários, compreenderam a nova maravilha; mas mesmo eles dificilmente compreenderam que o mundo tinha morrido naquela noite. Aquilo que viam era o primeiro dia de uma nova criação, com um novo céu e uma nova terra; e numa semelhança com o jardineiro, Deus passeou outra vez no jardim pela fresca, desta vez não ao crepúsculo mas de madrugada.

G.K. Chesterton: 'The Everlasting Man'






"Quia surrexit sicut dicit…
Haec est dies quam fecit Dominus. 
Exultemus et laetemur in ea"
 Esse é o dia que o Senhor fez, seja para nós dia de alegria e felicidade
 (Sl 117, 24).






God with a human face.



De fato, o homem Jesus de Nazaré é a transparência de Deus, Nele Deus habita plenamente. “E enquanto nós buscamos sempre outros sinais, outros prodígios, não percebemos que o verdadeiro Sinal é Ele, Deus feito carne, é Ele o maior milagre do universo: todo o amor de Deus encerrado em um coração humano, em um rosto humano”  Papa Bento XVI





Haec est dies quam fecit Dominus. Exultemus et laetemur in ea
 esse é o dia que o Senhor fez, seja para nós dia de alegria e felicidade 
(Sl 117, 24).



Once again, as every year for centuries, the miracle of Holy Fire has happened in Jerusalem, through the prayer of the Greek Orthodox Patriarch at the Holy Tomb of Jesus!
http://www.holyfire.org/eng/ 




The Ressurection of Christ panel Nicolas of Verdu 1181 Klostemeuburg



Chrysanthemum coronarium 
Uma das flores identificadas no Santo Sudário



provável aspecto da tumba original hoje com a porta onde há inscrição "Ele não está aqui,porque  Ele ressuscitou"!


"Ele não está aqui, Ele ressuscitou"






The door of the tomb and the door of faith
To enter through the door of faith and to persevere on the road of faith is only possible by the help of God’s grace.
A Porta do túmulo e a porta da Fé.
Passar pela porta da Fé e perseverar no Caminho de Fé é possível somente com a ajuda da Graça de Deus.





Christ The Lord Is Risen Today  
































































Referências:
Liturgia das Horas
http://www.ecclesia.com.br/biblioteca/iconografia/index.html
http://www.ebay.com/itm/Etiopia-Dipinto-religioso-sacra-Ethiopian-Painting-/360320462688?pt=Quadri&hash=item53e4c5ef60
http://www.dihitt.com.br/barra/o-lenco-dobrado-joao-207
http://www.artbible.info/art/
http://www.bible-art.info/Resurrection.htm
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