Madonna in the Rosary Stefano da Zevio 1410 Verona museo di Castelvecchio
Rosa das Rosas - Rainha das Rainhas
A palavra Rosário vem do latim Rosarium, que significa 'Coroa de Rosas'.
Nossa
Senhora é a Rosa Mística (como é invocada na Ladainha Lauretana),
e em sua homenagem o nome Rosário, que vem de Rosas. A Virgem Maria revelou a muitas pessoas que cada vez que rezam uma Ave Maria lhe é entregue uma Rosa espiritual, e por cada Rosário completo, lhe é entregue uma Coroa de Rosas.
A rosa é a rainha das flores, Rosa das rosas, como é a Rainha das rainhas. sendo assim o Rosário a Rosa de todas as devoções e, portanto, a mais importante.
O Santo Rosário é considerado a oração perfeita porque junto
com ele está a majestosa história de nossa salvação. Com o
rosário, meditamos os mistérios de gozo, de dor e de glória de
Jesus e Maria. É uma oração simples, humilde como Maria. É uma
oração que podemos fazer com ela, a Mãe de Deus. Com o Ave Maria a
convidamos a rezar por nós. A Virgem sempre nos dá o que pedimos.
Ela une sua oração à nossa. Portanto, esta é mais poderosa,
porque Maria recebe o que ela pede, Jesus nunca diz não ao que Sua
Mãe lhe pede. Em cada uma de suas Aparições, nos convida a rezar o
Rosário como uma arma poderosa contra o maligno, para nos
trazer a verdadeira paz.
A Simbologia do Rosário
O
próprio Rosário é um símbolo. Ele forma um círculo. Sua
saída coincide com a chegada. Lembra o que Jesus falou: saí do Pai
e volto ao Pai (Jo 16, 28). Nós também viemos do Pai e devemos
voltar a Ele. A forma de fazê-lo é seguir Cristo, que se declarou
nosso caminho (Jo 14, 8) e convida a cada um a segui-lo (Mt
19,21).
Pelo Rosário, meditamos na peregrinação que Jesus fez por este mundo unindo-nos pelo fio da fé. Sem a fé,
os dias de nossa vida viram um amontoado de contas perdidas
no chão, como acontece com as contas do terço quando se quebra o
fio que as mantém unidas.
O
centro do Rosário é Cristo crucificado. Tendo-o nas mãos,
recorda que nossa vida e nossa oração devem ter seu centro em
Cristo, em união com a Mãe de Deus e Nossa Mãe, Maria Santíssima.
Missionário, Grignon de Montfort subia o Rio
Sena em uma embarcação cumulada de, pelo menos, umas 200 pessoas a se
acotovelarem, rindo grosseiramente, cantando canções lascivas. Há pouco
engajado neste vaivém de comerciantes de gado e peixeiros, o senhor de
Montfort começa por ajustar o seu crucifixo, na ponta do próprio bastão.
Em seguida, prostrando-se, grita: "Aqueles que amam Jesus Cristo,
juntem-se a mim, para adorá-Lo."
Balançares desdenhosos
de ombros, risadas e chacotas o acolheram. Então, voltando-se para o
Irmão Nicolas, disse: "De joelhos, recitemos o Rosário!" Sob uma
avalanche de deboches, os dois homens, cabeças descobertas, rostos
concentrados e tranqüilos, desfiavam as Ave-Marias. Assim que terminaram
o primeiro terço do Rosário, o Santo se levantou e com a voz doce
convidou a assistência a se unir a ele para invocar Maria. Ninguém se
mexeu, mas as vaias serenaram no momento em que a oração recomeçava. À
medida que as invocações "Santa Maria, rogai por nós, pobres pecadores"
se sucediam, o rosto do Santo se transfigurava.
Concluídas
as cinco novas dezenas, nota-se em seu olhar tal súplica e, em sua voz,
tanta unção e autoridade que, no momento em que conjura a assistência a
recitar com ele a terceira parte do Rosário, todos caem de joelhos e
repetem docilmente as suas palavras, esquecidas desde a infância. O
santo sacerdote pôde então se alegrar: de um teatro de obscenidades, ele
fez um santuário; aos lábios acostumados às blasfêmias, ele restituiu o
nome de Maria.
Antologia Mariana 1975 p. 12
Um dos quadros que impressionam no primeiro momento é o
Tríptico do Santo Rosário por Hans Suess Von Kulmbach (1510), que está no Museu
Thyssen Bornemisza, Madrid. Os dois painéis laterais mostram a Apresentação de
Maria, com São Joaquim e Santa Ana, na parte inferior da escada, enquanto o
outro mostra os pais de Maria, em um abraço carinhoso. O centro do painel e
mais proeminente é muito descritivo, e mostra a crucificação cercada dentro das
esferas do rosário, cada Ave Maria simbolizada por uma rosa. Os 5 Pai Nosso são
simbolizados por 5 cruzes, também simbólicos representando 5 chagas de Cristo.
A cena do inferno é mostrada na parte inferior, com dois anjos acima e outros
dois abaixo.
As 4 camadas de
santos são descritos a seguir, de cima, da esquerda para a direita:
1. Com Deus, o Pai e o Espírito Santo é vista Maria e uma variedade de anjos.
2. Melquisedeque, Davi, Moisés, João Batista - Pedro, Marcos, Paulo e Lucas.
3. Lourenço, George, Erasmus, Stephen, Santos Inocentes - Gregory, Jerome, Nicholas, Carlos Magno.
4. Clara, Agnes, Barbara, Catarina de Alexandria - Anne, Maria, Maria Madalena, Helena.
1. Com Deus, o Pai e o Espírito Santo é vista Maria e uma variedade de anjos.
2. Melquisedeque, Davi, Moisés, João Batista - Pedro, Marcos, Paulo e Lucas.
3. Lourenço, George, Erasmus, Stephen, Santos Inocentes - Gregory, Jerome, Nicholas, Carlos Magno.
4. Clara, Agnes, Barbara, Catarina de Alexandria - Anne, Maria, Maria Madalena, Helena.
Tríptico do Santo Rosário por Hans Suess Von Kulmbach (1510),(detail) que está no Museu
Thyssen Bornemisza, Madrid
Our Lady of Most Holy Rosary entregando o Rosário ao São Domingos.
"Retirou-se Domingos para a igreja e pondo-se a orar foi arrebatado por
êxtase à presença divina a cujo lado estava a Imperatriz do Céu vestida
de um manto azul."
São Domingos Gusmão Fra Angélico
São Domingos viveu numa
época de grandes tribulações para a Igreja.
Por meio de ardorosas
pregações, durante anos tentou ele reconduzir ao seio da Igreja a infelizes que
se tinham desviado da verdade aderindo a terrível heresia dos albigenses. Mas
suas palavras não conseguiam penetrar aqueles corações empedernidos e entregues
aos vícios.
O que fazer? Certo dia,
decidido a arrancar de Deus graças superabundantes para mover à conversão
aquelas almas, Frei Domingos entrou numa floresta perto de Toulouse e
entregou-se à oração e à penitência, disposto a não sair dali sem obter do Céu
uma resposta favorável.
Após três dias e três noites
de incessantes súplicas, quando as forças físicas já quase o abandonavam,
apareceu- lhe a Virgem Maria, dizendo com inefável suavidade:
– Meu querido Domingos, sabes
de que meio se serviu a Santíssima Trindade para reformar o mundo?
– Senhora, sabeis melhor
do que eu, porque, depois de vosso Filho Jesus Cristo, fostes Vós o principal
instrumento de nossa salvação.
– Eu te digo, então, que
o instrumento mais importante foi a Saudação Angélica, a Ave-Maria, que é o
fundamento do Novo Testamento. E, portanto, se queres ganhar para Deus esses
corações endurecidos, reza meu Rosário.
Rosenkranzmadonna mit hl.Dominicus,zwei engeln Guido Reni 1596-98
Basilica San Luca Bologne
Nossa
Senhora do Rosário (ou Nossa Senhora do Santo Rosário ou Nossa Senhora do
Santíssimo Rosário) é o título recebido pela aparição mariana a São Domingos de
Gusmão, em 1208 na Igreja de Prouille, em que Nossa Senhora dá o Rosário a Ele.
A
santidade de Domingos, seu rigoroso ascetismo, seu zelo inflamado, sua
inalterável doçura, sua convincente eloqüência, começaram a produzir frutos
esplêndidos.
Encarregado pelo Papa Inocêncio III de uma missão contra a heresia
albigense, sul da França, com tenacidade, bondade e fé esclarecida, conseguiu
muitas conversões que se se operaram, e em torno dele foi se juntando um
grupo de jovens para receber sua direção e imitar seu exemplo. Esse foi o
núcleo inicial do que seria depois a Ordem dos Predicadores ou Dominicanos.Ordem dominicana: pregadores-cavaleiros de Cristo -Os dominicanos !
Nossa Senhora guia são Domingos Gusmão à vitória contra os albigenses.
Foi
por sua inspiração que São Domingos fez do Rosário sua poderosa arma para
combater a heresia dos albingenses, isto no início do século XIII, onde a tal
heresia crescia vertiginosamente na França. Eram os albigenses, que, como uma epidemia maldita,
contagiavam com seus erros outros países, a partir do norte da Itália e da
região de Albi, no sul da França. De onde o nome de albigenses atribuído a
esses hereges, conhecidos também como cátaros (do grego: puros), pois assim
soberbamente se auto nomeavam.
7 DE OUTUBRO - A BATALHA DE
LEPANTO -
ORIGEM DA FESTA DE NOSSA SENHORA DO
ROSÁRIO
Em 1572, o Papa Pio V
instituiu "Nossa Senhora da Vitória" como uma festa litúrgica para
comemorar a vitória da Batalha de Lepanto. A vitória foi atribuída a Nossa Senhora
por ter sido feita uma procissão do rosário naquele dia na Praça de São Pedro,
em Roma, para o sucesso da missão da Liga Santa contra os turcos otomanos no
oeste da Europa.
Em 1573, Papa Gregório
XIII mudou o título da comemoração para "Festa do Santo Rosário" e
esta festa foi estendida pelo Papa Clemente XII à Igreja Universal. Após as
reformas do Concílio Vaticano Segundo a festa foi renomeada para Nossa Senhora
do Rosário. A festa tem a classificação litúrgica de memória universal e é comemorada
dia 7 de outubro, aniversário da batalha.Fonte: Wikipédia
Expansão
dos otomanos deixa na defensiva a Europa cristã
Santo Papa Pio V
Quando,
no ano de 1566, o Cardeal Ghislieri foi elevado ao trono pontifício com o
nome de Pio V, a situação da Cristandade era angustiante. Com efeito, fazia
aproximadamente um século que os turcos avançavam sobre a Europa, por mar e
através dos Bálcãs, no intuito insolente de sujeitar à lei de Mafoma as nações
católicas, e sobretudo de chegar até Roma, onde um de seus sultões queria
entrar a cavalo na Basílica de São Pedro.
Mas
o pior dos males não vinha de fora. O flagelo do protestantismo fizera
apostatar a Inglaterra (subjugando a Irlanda e ameaçando a Escócia), continuava
a alastrar-se pela Alemanha e convulsionava a França.
Devoto insigne da Virgem, penetrado de zelo pela causa de Deus, ardia na alma do novo Pontífice o desejo de soerguer a Cristandade para um duplo combate: contra o protestantismo e contra o adversário otomano
Devoto insigne da Virgem, penetrado de zelo pela causa de Deus, ardia na alma do novo Pontífice o desejo de soerguer a Cristandade para um duplo combate: contra o protestantismo e contra o adversário otomano
O poderio
otomano atingia seu ápice
Em 1457 caíra Constantinopla;os infiéis avançaram sobre as regiões balcânicas, subjugando a Albânia, a
Macedônia, a Bósnia. Ao mesmo tempo iam tomando uma a uma as ilhas do
arquipélago grego. O sultão Selim I aumentou
seu poderio conquistando a Pérsia e o Egito.
Em 1524 o
novo sultão Solimão II, chamado o magnífico, ocupava e tratava duramente
Belgrado. Seis anos mais tarde, 300.000 otomanos chegaram às portas de Viena.
Não conseguindo tomar a cidade depois de quinze violentos assaltos,
retiraram-se, levando cativos 3.000 cristãos.
São Pio V
convida os príncipes a unirem suas forças
De todos
os lados afluem notícias da aproximação de forças turcas: de Tarento, deCorfu,
de Veneza…
Em Roma, São Pio V vigia e procura obter todas
as informações possíveis sobre a marcha dos acontecimentos.
Publica uma bula na qual descrevia com palavras cheias de dor o perigo turco
e afirmava que somente com muita penitência poderia o povo fiel aplacar a ira
de Deus e esperar seu poderoso auxílio. No mês seguinte, encarecia a
necessidade de o clero ter costumes puros, pois ao armar-se a Cristandade
contra o Crescente, só lhe podiam valer as preces dos ministros de Deus que
levassem uma vida sem mácula. Era também publicado um Jubileu extraordinário pelo bom êxito da guerra contra os
turcos, e pôde-se ver o próprio Sumo Pontífice participando de uma procissão
rogatória para afastar a ameaça que pesava sobre a Europa.
Lepanto
Procissão Rogatória para afastar a ameaça que pesava sobre a Europa.
Procissão Rogatória para afastar a ameaça que pesava sobre a Europa.
Em
dezembro, o Papa dirige às nações católicas novo brado de alarma e o convite a
se unirem numa liga em defesa da Cristandade. Mas ninguém quer ouvi-lo.
Um fato inesperado veio precipitar os acontecimentos e
quebrar a atonia dos príncipes católicos em face dos apelos do Papa.
Em
1570, os Turcos Otomanos invadiram a Ilha de Chipre, então na posse de Veneza.
Cruzada Naval
13 meses antes da Batalha de Lepanto, em 7 de outubro de 1571, tropas turcas do sultão Selim 2º tomaram a ilha de Chipre à República de Veneza. Os venezianos pediram ajuda ao papa Pio V, que convenceu Gênova e Espanha a prepararem a revanche.
Battaglia in Lepanto Vaticano
O
Papa Pio V reuniu uma esquadra de duzentas e oito galés e seis galeotas
(enormes navios a remos com quarenta e quatro canhões), das marinhas da
República de Veneza, Reino de Espanha, Cavaleiros de Malta e dos Estados
Papais, sob o comando de João da Áustria, formando a então chamada Liga Santa.
D. João d’Áustria, o qual se havia distinguido
extraordinariamente na guerra contra os mouros no norte da África.
Ao longo desse percurso para local da batalha foram encontrando sinais da
passagem dos turcos: restos carbonizados de igrejas e casas, objetos de culto
profanados, corpos dilacerados de sacerdotes, mulheres e crianças covardemente
assassinadas. A inconformidade com o crime e o desejo de uma santa vingança
faziam-se sentir no coração de todos os cruzados e revigoravam neles a vontade
de lutar.
galeaza veneziana
galleon automaton 1585
galeaza veneziana
Estes navios que contavam com mobilidade reduzida, ao contrário das
galeras, tinham um castelo de proa redondo equipado com nove canhões e
ao mesmo tempo dispunham de seis canhões de cada lado,
além de diversos canhões de menor tamanho, que permitem disparar por todos os ângulos contra s frota
Otomana.
The Battle of Lepant 1571
Generalíssimo Don João da Áustria zarpa
Vivamente angustiado ante as
notícias do avanço turco, São Pio V mandou no dia 17 uma carta de próprio punho
ao generalíssimo, exortando-o a sair sem demora ao encontro do inimigo. D. João
zarpou então para Messina, onde foi recebido com júbilo indizível.
De uma formosura varonil,
louro e de olhos azuis, no esplendor da juventude — tinha 24 anos de idade —
profundamente aristocrático, o filho de Carlos V causou enorme impressão nos
sicilianos que o estavam recepcionando. O porto, juncado de naus cristãs,
assemelhava-se a uma floresta de mastros que balouçavam serenamente sobre o
mar, à espera do momento em que deveriam singrar águas tintas de sangue. Era
uma terrível ameaça para o inimigo e um irresistível chamado para aqueles novos
cruzados.
Alguns generais achavam que a
campanha iria ser meramente defensiva, dado o poderio do inimigo. Outros
afirmavam que as naus turcas não eram muito eficientes.
Distribuição
partículas do Santo Lenho para cada nau
O próprio D. João
mostrou-se hesitante, até que o Núncio Odescalchi, que viera distribuir
partículas do Santo Lenho para que houvesse uma partícula em cada nau,
comunicou ao Príncipe que o Pontífice lhe prometia em nome de Deus a vitória,
por cima de todos os cálculos humanos. Mandava dizer que, se a esquadra se
deixasse derrotar, iria ele mesmo à guerra, com seus cabelos brancos, para
vergonha dos jovens indolentes.
Antes da batalha jejuaram três dias
D. João tomou uma série de
medidas para preservar o caráter sacral da expedição. Proibiu a presença de
mulheres a bordo e cominou pena de morte para as blasfêmias. Enquanto se
esperava o regresso de uma esquadrilha de reconhecimento, todos jejuaram três
dias, e nenhum dos 81 mil marinheiros e soldados deixou de confessar-se e
comungar, o mesmo fazendo os condenados que remavam nas galeras. Jesuítas, franciscanos, capuchinhos, dominicanos, iam e
vinham no meio daquela gente rude, para purificar os corações e preparar um
exército verdadeiramente de cruzados.
Núncio papal dava a bênção a cada barco
Uma figura toda vestida de púrpura destacava-se de entre
a multidão reunida no porto. Era o Núncio papal, que dava a bênção a cada barco
que passava, com seus cruzados piedosamente ajoelhados na ponte: nobres
revestidos de armaduras refulgentes, soldados de variados uniformes,
marinheiros de roupas e gorros vermelhos. Os remos compassados e as velas que
se iam enfunando levavam-nos em demanda do inimigo da Fé. Na sua armadura
dourada, terrível como um anjo vingador, avultava a figura de D. João
d’Áustria, a quem o próprio São Pio V aplicaria depois da vitória o que o
Evangelho diz de São João Batista: “Fuit
homo missus a Deo, cui nomen erat Ioannes” — Houve um homem enviado
por Deus, cujo nome era João (Jo. 1,6).
A emocionante batalha naval se inicia
The Battle of Lepant 1571
A frota sob o comando do príncipe João da Áustria enfrentou duzentas e trinta galés turcas ao largo de Lepanto, na Grécia,
a 7 de Outubro de 1571.
O generalíssimo ordenou que todos se dispusessem em ordem de batalha.
Fez-se ouvir o troar de um canhão, enquanto era içado o estandarte da Santa Liga no mastro mais alto da galera capitânia. “Aqui venceremos ou morreremos!” — bradou D. João entusiasmado, ao acompanhar as evoluções da esquadra católica.
Galeone turco
O generalíssimo ordenou que todos se dispusessem em ordem de batalha.
Fez-se ouvir o troar de um canhão, enquanto era içado o estandarte da Santa Liga no mastro mais alto da galera capitânia. “Aqui venceremos ou morreremos!” — bradou D. João entusiasmado, ao acompanhar as evoluções da esquadra católica.
Galeone turco
O generalíssimo turco parecia querer investir
resolutamente pelo centro, e ao mesmo tempo envolver os cristãos,
aproveitando-se da sua superioridade numérica sobre estes (286 naus contra
208). O vento soprava de leste, favorável aos infiéis, enquanto os católicos
tinham que se mover à força de remos. Decorreram quatro horas até que as duas
armadas estivessem prontas para o confronto. O vento amainara.
A Galera Real foi a maior galera do seu tempo
e o buque insígnia de Dom Juan da Áustria na
Batalha de Lepanto
(foto da réplica do Museu Marítimo de Barcelona)
D. João quis passar uma última revista a suas tropas.
Subiu a uma fragata e percorreu o corpo central e a ala direita da esquadra.
Dom Luiz de Requeséns foi incumbido de visitar a outra ala. O comandante
supremo apresentou-se aos nobres e à tripulação de cada nau, levando na mão um crucifixo
e conclamando com ardor para o lance iminente: “Este é o dia em que a
Cristandade deve mostrar seu poder, para aniquilar esta seita maldita e obter
uma vitória sem precedentes”. E mais adiante: “É pela vontade de Deus que
viestes todos até aqui, para castigar o furor e a maldade destes cães bárbaros.
Todos cuidem de cumprir seu dever. Ponde vossa esperança unicamente no Deus dos
Exércitos, que rege e governa o universo”. A outros, dizia: “Lembrai-vos de que
combateis pela Fé; nenhum poltrão ganhará o Céu”.
A resposta a essas palavras eram aclamações, e não havia
quem não se mostrasse ao jovem general em atitude corajosa e combativa.
Enquanto isso, ele fazia distribuir escapulários, medalhas e rosários. O
entusiasmo levou a tropa a tomar-lhe o chapéu e as luvas; por fim D. João
voltou à sua capitânia, a fim de armar-se para o combate.
Lo achieramento delle due flotte avversaire prima della battaglia museo Correr di Veneza
A artilharia definiu o Lepanto
Ouvia-se do lado do inimigo um som fanhoso de cornetas,
um crescendo de vociferações, o estrépito de címbalos e o sinistro percutir das
cimitarras sobre os escudos. Os infiéis entretinham-se com danças, acompanhadas
pelo crepitar de armas de fogo. Escachoam as gargalhadas, e a soldadesca
escarnece da presunção dos que ousavam enfrentar o poderio imenso do sultão:
“Esses cristãos vieram como um rebanho, para que os degolemos!” A ordem dada
por Ali-Pachá era não fazer prisioneiros.
galeazza venezziana
Reaparece D. João. Sua armadura e seu elmo brilham ao
sol, que agora está a pino, sem nenhuma nuvem a toldar o céu. O Príncipe
ajoelha-se e reza. Todos os seus homens fazem o mesmo. No meio de um silêncio
grandioso, os religiosos davam a última bênção e a absolvição geral aos que iam
expor-se à morte pela Fé. Do lado inimigo também tudo se aquietara. Anjos e
demônios pareciam fazer sentir sua presença e a transcendência do fato que ia ocorrer.
A cabeça de Ali-Pachá na ponta de uma lança
Battaglia di Lepanto
As esquadras se aproximam. No momento certo, Ali-Pachá manda dar um tiro de canhão para chamar os cristãos à luta.
Battaglia di Lepanto
Dom João d’Áustria aceita o desafio, respondendo com outro tiro. O vento
mudara inesperadamente. Os estandartes do Crucificado e da Virgem de Guadalupe
investem contra as bandeiras vermelhas de Maomé, marcadas com a meia-lua,
estrelas e o nome de Alá bordado a ouro.
Battaglia di Lepanto
Nesse momento o Céu já enviara um
augúrio da vitória: o primeiro tiro que partira contra os infiéis lhes afundara
uma galera. Aos gritos de “Vitória! Vitória! Viva Cristo!”, os cruzados lançaram-se com toda
a energia na batalha.
Ali-Pachá
Ali-Pachá, reconhecendo pelos estandartes a galera de D. João,
abalroou-a com seu próprio navio, proa contra proa, e lançou sobre ela toda uma
tropa de janízaros escolhidos. Duas vezes a horda turca penetrou até o mastro principal, mas os bravos veteranos
espanhóis obrigaram-na a recuar. Dom João contava agora com apenas dois barcos
de reserva, sua tropa tinha sofrido muitas baixas, e ele mesmo fora ferido no
pé. A situação ia-se tornando cada vez mais perigosa, quando o Marquês de Santa
Cruz, tendo liberado os venezianos, veio em socorro do generalíssimo e este
pôde repelir os janízaros.
A batalha
chegara ao seu auge. As águas tingiam-se de sangue, ressoavam gritos e gemidos
dos que lutavam, dos feridos, mutilados e agonizantes. O estrondo das armas de
fogo entrecruzava-se com o tinir das lâminas de aço, num concerto trágico e
grandioso. Sucediam-se umas às outras as proezas. O sangue nobre corria. De sua parte, o inimigo tentava toda espécie
de manobras e dava inegáveis provas de valor.
Duas vezes a horda turca penetrou até o mastro principal,
mas os bravos veteranos
espanhóis obrigaram-na a recuar.
os janízaros
Battaglia di Lepanto
O momento
era crítico, e ainda deixava muitas dúvidas quanto ao desenlace da batalha,
quando Ali-Pachá, defendendo a “Sultana” de mais uma investida cristã, caiu
morto por uma bala de arcabuz espanhol (ou suicidou-se, segundo outra versão).
Eram 4 horas da tarde.
O corpo
do generalíssimo dos infiéis foi arrastado até os pés de D. João. Um soldado
espanhol avançou sobre ele e cortou-lhe a cabeça. Esta, por ordem do Príncipe,
foi então erguida na ponta de uma lança, para que todos a vissem. Um clamor de
alegria vitoriosa levantou-se da capitânia católica. Os turcos estavam
derrotados, e o pânico espalhou-se celeremente entre suas hostes, a partir do
momento em que o estandarte de Cristo começou a drapejar sobre a “Sultana”.
Battaglia di Lepanto
O
veneziano Girolamo Duodo conta que “uma grande parte dos escravos cristãos, que
se encontravam nos navios inimigos, compreendeu que os turcos estavam perdidos.
Apesar dos guardas, esses infelizes multiplicaram seus esforços para buscar a
salvação na fuga e favorecer a vitória dos nossos. Em pouco tempo, ei-los
combatendo em todos os setores onde há guerra, com uma coragem sem igual. Seu ardor
é decuplicado pelos gritos que ecoam de todos os lados: “A vitória é nossa!”.
Nos navios da Liga, os galés — que tinham sido armados de espada — abandonavam
os remos quando havia abordagem e lutavam valentemente contra os turcos.
Battaglia di Lepanto
Uma
Senhora de aspecto majestoso e ameaçador
Os restos
da esquadra inimiga batem em retirada e se dispersam, enquanto as trombetas
católicas proclamam a todos os ventos a vitória da Santa Liga, na maior batalha
naval que a História jamais registrara.
A tarde
começava a cair e prometia um mar agitado. No crepúsculo daquele santo dia, os
navios da Liga se reagrupavam e mal podiam navegar através dos restos da
batalha: cadáveres, remos e mastros espalhados bizarramente pela água. As
embarcações apresadas vinham à retaguarda das galeras católicas, arrastadas
humilhantemente pela popa.
As perdas
dos infiéis tinham sido enormes: 30 a 40 mil mortos, 8 ou 10 mil prisioneiros
(entre os quais dois filhos de Ali-Pachá e quarenta outros membros das famílias
principais do império), 120 galeras apresadas e cinqüenta postas a pique ou
incendiadas, numerosas bandeiras e grande parte da artilharia em poder dos
vencedores. Doze mil cristãos escravizados alcançaram a liberdade. A Liga
perdeu doze galeras e teve menos de 8 mil mortos.
Soube-se
depois que, no maior fragor da batalha, os soldados de Mafoma tinham avistado
acima dos mais altos mastros da esquadra católica uma Senhora, que os aterrava
com seu aspecto majestoso e ameaçador.
As
notícias do desfecho da batalha chegaram a Roma, por vias humanas, duas semanas
depois, por um correio que vinha de Veneza. Na noite de 21 para 22 de outubro o
Cardeal Rusticucci acordou o Papa, para confirmar a visão que ele tinha tido.
No meio de um pranto varonil, São Pio V repetiu as palavras do velho Simeão: “Nunc
dimittis servum tuum, Domine, in pace” (Luc.2,29). No dia seguinte, a
notícia foi dada em São Pedro, após uma procissão e um solene “Te Deum“.
O
estandarte era de damasco de seda azul e ostentava a imagem do Crucificado,
tendo aos pés as armas do Papa, da Espanha, de Veneza e de D. João. O Príncipe
recebeu-o solenemente em Nápoles das mãos do Vice-Rei, o Cardeal Granvela, na
Igreja de Santa Clara, com a presença de muitos nobres, entre os quais os
príncipes de Parma e de Urbino. "Toma, ditoso Príncipe — disse-lhe o
Cardeal — a insígnia do verdadeiro Verbo humanado. Toma o sinal vivo da santa
Fé, da qual és o defensor nesta empresa. Ele te dará uma vitória gloriosa sobre
o ímpio inimigo, e por tua mão será abatida sua soberba. Amém!" Um forte
clamor ecoou da multidão que enchia a nave: "Amém! Amém!"
Príncipe João da Áustria
No
dia 7 de Outubro de 1571, na Batalha Naval de Lepanto, uma esquadra da Liga
Santa (República de Veneza, Reino de Espanha, Cavaleiros de Malta e Estados
Pontifícios), sob o comando de João da Áustria, venceu o Império Otomano, ao
largo de Lepanto, na Grécia O
rei espanhol enviou seu meio-irmão João de Áustria para a briga. O príncipe
comandou uma força naval que encerrou a era de conquistas muçulmanas no
mediterrâneo depois de uma vitória arrasadora, que dizimou a frota turca.
Esta batalha representou o fim da expansão
islâmica no Mediterrâneo.
Lepanto Kraków marinha otomano Polônia
Em 07 de outubro de 1571, ocorreu uma grande vitória sobre a poderosa
frota turca que foi vencida por forças navais Católica.
A frota da Santa Liga , uma coalizão do sul da Europa católica marítima estados , de forma decisiva derrotou a frota principal
do Império Otomano em cinco horas de combate, Foi a última batalha no
mar entre navios a remo, que contou com a marinha mais poderosa do mundo, uma
força com muçulmanos entre 12.000 a 15.000 remadores.As baixas foram elevadas: entre os cristãos houve 9.000 mortos e/ou feridos e
12 galés perdidas. Os otomanos tiveram 30.000 mortos e/ou feridos e 240 navios
perdidos.
Batalha contra os turcos Basílica Hostýn Rep.Tcheca
Sabendo que as forças cristãs estavam em desvantagem material, o papa
São Pio V convocou toda a Europa para rezar o Rosário para a vitória. Sabemos
hoje que a vitória foi decisiva e que impediu a invasão islâmica da Europa.
"Ouvi Mãe de Deus,
minha oração.
Toquem em Vosso peito
os clamores meus!"
Seeschlacht von Lepanto Pieter Brünniche 1571 Kopenhagen
O sucesso dos cristãos em Lepanto é fruto de uma ironia. Os turcos
otomanos foram os primeiros a utilizar canhões - contra os cristãos do Império
Bizantino no final da Idade Média. Graças ao poder da pólvora e à fé no islã,
deixaram sua terra natal, perto do mar de Aral, e avançaram em direção ao
Oriente Médio e à Europa.
Constantino e Helena
Os turcos conquistaram sucessivamente a Ásia Menor e
depois, com o desenvolvimento das bombardas - canhões fixos e pesados -,
capturaram a poderosa fortaleza de Constantinopla, sede da Igreja Bizantina e futura Istambul, em 1453,
seguida pela invasão da Sérvia, em 1459, da Albânia, em 1486, e do Peloponeso,
na Grécia, em 1499.
Armada Católica alcança pelo Poder do Rosário a Vitória sobre os Turcos em Lepanto em 1571
Os turcos não contavam com
que, do lado cristão, houvesse um rei poderoso, Felipe 2º da Espanha
(1527-1598), da Casa dos Habsburgos. Com a ajuda do papa Pio 5º, ele formou o
que ficou conhecido como Liga Católica.
Lepanto o Avanço de Turcos e a Vitória Final
Essa era uma guerra travada por mares e terras de três continentes e três impérios. Seu desfecho
repercutiu, previsivelmente, durante séculos na vida dos povos da Europa. Com um pé em cada continente,
os otomanos foram os primeiros asiáticos a estabelecer um império duradouro na
Europa.
The Battle of Lepanto and Our Lady
"Quem é essa que aparece como a luz da alvorada
e formosa como a lua,
fulgurante como o sol,
imponente como uma tropa, com bandeiras desfraldadas?"
"Ó Maria, Virgem pia,
Venhas tu em nosso auxílio.
Cantaremos, louvemos,
eternamente o teu Filho."
Quando defrontaram pela primeira vez com as
tropas otomanas, os europeus espantaram-se com a velocidade e o silêncio com
que marcham. Um cronista francês escreveu: "Eles partiram subitamente e
100 soldados cristãos fariam mais barulho que 10000 otomanos. Quando o tambor
tocava, colocavam-se em marcha, jamais errando o passo, jamais parando até
receber ordem. Com armas leves, numa noite viajam tanto quanto seus adversários
cristãos em três dias". Uma esquadra de engenheiros garante que não faltarão
pontes pelo caminho. Milhares de camelos e carroças asseguram o abastecimento
das tropas e as balas para os canhões. Os otomanos os preferem tão grandes que
muitas vezes é preciso fundi-los no próprio local da batalha.
Batalha de Lepanto Paolo Veronesse
Soube-se depois que, no maior fragor da batalha, os soldados de Mafoma tinham avistado acima dos mais altos mastros da esquadra católica uma Senhora, que os aterrava com seu aspecto majestoso e ameaçador.
“Non
virtus, non arma, non duces, sed Maria Rosarii victores nos fecit”
—
Nem as tropas, nem as armas, nem os comandantes, mas a Virgem Maria do
Rosário é que nos deu a vitória.
Batalha de Lepanto
Príncipe João da
Áustria advertia sua tripulação:
"Não há paraíso para os
covardes"
The Battle of Lepanto
O
mais impressionante é a mehter, a banda militar com seus címbalos e tambores.
"Quando eles passam tocando todos ao mesmo tempo, o barulho faz o cérebro
dos homens sair pela boca", narrou um sobrevivente das lutas nos Bálcãs.
Essa inovação otomana na arte da guerra, a banda militar que marcha com o
exército na batalha, espalha terror quando anuncia um assalto ou acompanha a
parada vitoriosa numa cidade recém-conquistada. O terror, imaginado ou real, é
uma das melhores armas do arsenal dos otomanos
Our Lady of Lepanto
"Sede em meu favor,
Virgem soberana,
livrai-me do inimigo,
com voso valor."
Esta
festa foi instituída pelo Papa Pio V em 1571, quando celebrou-se a vitória
dos cristãos na batalha naval de Lepanto. Nesta batalha os cristãos católicos,
em meio a recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos
vencendo-os em combate.
Revelação de Vitória de Lepanto para Santo Pio V
Ao ver a Europa ameaçada pelos
exércitos do império otomano, o Papa São Pio V mandou rezar o Rosário em toda a
Cristandade, implorando a proteção de Nossa Senhora. Ao mesmo tempo, reuniu uma
esquadra no Mar Mediterrâneo para defender os países católicos
Our Lady of Lepanto
Apesar da superioridade
numérica do adversário, os cristãos saíram triunfantes, afastando
definitivamente o risco de uma invasão. Antes de travar-se o combate, todos os
soldados e marinheiros católicos rezaram o Rosário com grande devoção.
A vitória, que parecia quase
impossível, deveu-se à proteção da Virgem Santíssima, a qual – segundo
testemunho dado pelos próprios muçulmanos – apareceu durante a batalha,
infundindo- lhes grande terror.
“Non
virtus, non arma, non duces, sed Maria Rosarii victores nos fecit”
—
Nem as tropas, nem as armas, nem os comandantes, mas a Virgem Maria do
Rosário é que nos deu a vitória.
Santo Pio V
Sabemos hoje que a vitória foi decisiva e que impediu a invasão islâmica
da Europa. Podemos ver aqui a prova da mão de Deus operando através do rosário.
Na hora da vitória, São Pio V, que estava a centenas de quilômetros no
Vaticano, e ia iniciar uma reunião, foi até uma janela, e exclamou com brilho
sobrenatural: “A frota cristã é vitoriosa ! ” e derramou lágrimas de gratidão a
Deus. Além disso, como ele olhou para fora da janela, neste momento, diz-se que
ele viu uma aparição da Virgem Maria, sorrindo.
Santo Pio V Baldi
Na
hora da batalha, a procissão do Rosário na igreja no Minerva foi derramando
orações solenes para a vitória. O papa foi, então, conversando com alguns
cardeais a negócios, mas, de repente, deixou abruptamente, abriu a janela,
ficou algum tempo com os olhos fixos no céu, e depois fechar a janela, disse:
"Não é agora um tempo para falar mais sobre negócios;. mas para dar graças
a Deus pela vitória que ele concedeu para os braços dos cristãos "Esse
fato foi cuidadosamente comprovado e autenticamente registrada tanto naquela
época, e novamente no processo de canonização do santo .
"Sois forte esquadrão
contra inimigo
Estrela de Jacó,
refúgio do cristão."
The Battle of Lepanto de 1571 de Juan Luna 1880
Os turcos otomanos costumavam
enviar na vanguarda uma força de irregulares recrutados nas aldeias e chamados
de delils – os fanáticos. Pagos apenas com o que saqueiam, devastam o
território inimigo como praga de gafanhotos. O sultão os usa para esmagar as
defesas fronteiriças e aterrorizar a população. Quando necessário, são
sacrificados para absorver os primeiros ataques inimigos.
Mesmo
após a batalha , os grupos de turcos
janízaros ainda continuaram a lutar com tudo o que tinham. Diz-se que em algum
momento os janízaros correram e sem mais armas, começaram a atirar laranjas e
limões em seus adversários cristãos, levando a cenas constrangedoras de riso no meio da miséria geral da batalha.
Battaglia di Lepanto del 1571, Don Giovanni d'Austria
riceve la benedizione dei cardinali
affresco in Ain Karim, Israele, presso la chiesa francescana della Visitazione
affresco in Ain Karim, Israele, presso la chiesa francescana della Visitazione
A vitória foi atribuída a Nossa Senhora por ter sido feita uma procissão do rosário naquele dia na Praça de São Pedro, em Roma, para o sucesso da missão da Liga Santa contra os turcos otomanos no oeste da Europa.
Vatican Museum
Rosário para os homens
Victors of Lepanto 1571 anonymo Vienna
Os
vencedores de Lepanto :a partir da esquerda
João
de Áustria , Marcantonio Colonna , Sebastiano Venier
Alegoria -
Anjo Trazendo Notícias sobre a Vitória Tiziano
Anjo Trazendo Notícias sobre a Vitória Tiziano
“Non
virtus, non arma, non duces, sed Maria Rosarii victores nos fecit”
—
Nem as tropas, nem as armas, nem os comandantes, mas a Virgem Maria do
Rosário é que nos deu a vitória.
Madonna del Rosario Caravaggio 1607 kunsthistorische Museum Wienna
O Rosário tradicional não é a invenção do homem, mas a arma escolhida da
Santíssima Trindade, que investiu com o poder para destruir o pecado, a heresia
e os inimigos da Igreja.
Madonna del Rosario detail Caravaggio 1607 kunsthistorische Museum Wienna
Our Lady of the Rosary 1599 Matka Boza Kracow Polonia
São milhares igrejas na Europa dedicadas à Nossa Senhora de Rosário, em agradecimento pela libertação dos cruéis turcos-otomanos. O povo de toda Europa obedeceu à convocação de Papa Pio V e rezou devotamente rosário .
Vale lembrar que após o domínio turco-otomano, as Igrejas acrescentaram abaixo da Cruz uma meia-lua, que representa a supremacia do Cristianismo sobre a religão do Islan, como pode ser observado nas Igrejas ortodoxas russas, ucranianas e romenas .
The Altar- piece of the Rose Garlands 1509 Albrecht Dürer National Gallery Prague
A Virgem Maria revelou a muitas pessoas que cada vez que
rezam uma Ave Maria lhe é entregue uma Rosa
espiritual, e por cada Rosário completo, lhe é entregue uma
Coroa de Rosas.
Our Lady with the Rosary and with Saints Brooklyn museum 1801-1900 unknown
Seria impossível citar a
multidão, sem conta, de Santos
que encontraram no Rosário um autêntico caminho
de santificação
Madonna with Rosary Esteban Perez .Murillo 1650-55
"Maria é o caminho mais
curto para Jesus"
S. Luis Maria Grignion de Montfort
Notre-Dame du Rosaire Gabon
Francesco Granacci Madonna della Cintola 15s Galeria Uffizi
Rosário é uma ligação direta com a Virgem Santíssima.Tem uns que precisam segurar celular , tem outros felizes, muito felizes que precisam segurar esta linha sempre aberta! a linha direta que nossa Mãe nos enviou do céu, para que não nos percamos em alguma noite escura.
Os
benefícios que podemos obter ao rezar o Rosário:
“1º) Os
pecadores obtêm o perdão;
2º) As
almas sedentas se saciam;
3º) Os
que estão atados veem seus laços desfeitos;
4º) Os
que choram encontram alegria;
5º) Os
que são tentados encontram tranquilidade;
6º) Os
pobres são socorridos;
7º) Os
religiosos são reformados;
8º) Os
ignorantes, instruídos;
9º) Os
vivos triunfam da vaidade;
10º) E os
mortos aliviados por meio de sufrágios”.
A origem
do terço é muito antiga. Remonta aos anacoretas orientais que usavam pedrinhas
para contar suas orações vocais.
O Venerável Beda sugerira aos irmãos leigos,
pouco familiarizados com o Saltério latino, que se utilizassem de grãos
enfiados em um barbante na recitação dos pai-nossos e ave-marias
Madonna with Rosary
O “buquê” de 200 rosas - por isso Rosário -
é rezado praticamente em todas as
línguas.
Nossa Senhora de Rosário Andaluzia
Nossa Senhora entregando o Terço ao São Domingos de Gusmão
Nossa Senhora apareceu a São Domingos, recomendando-lhe a reza
do rosário para a salvação do mundo. Rosário significa coroa de rosas
oferecidas à Nossa Senhora. Os promotores e divulgadores da devoção do rosário
no mundo inteiro foram os dominicanos.
Our Lady of the Rosary Grazio Cossali
Era
costume entre os nobres, na Idade Média, bem como outrora entre os romanos, pôr
na cabeça coroas de flores chamadas capellae. Ofereciam-se essas
coroas às pessoas de distinção, a título de vassalagem.
Soberana
do Céu e das almas, a Santíssima Virgem tem direito às mesmas homenagens. A
Santa Madre Igreja nos exorta a oferecer-lhe uma tríplice coroa de rosas, à
qual se dá o nome de Rosário.
Pode parecer uma das armas
mais inadequadas porém, para o católico que crê na intervenção do sobrenatural,
o Rosário já se demonstrou historicamente como uma arma de eficácia
extraordinária.
É o que nos recorda o Santo
Padre o Papa Leão XIII na encíclica Supremi Apostolatus Officio (01/09/1883).
Seja contra a heresia, seja contra as armadas inimigas, Nossa Senhora do
Rosário demonstrou-se grande Auxiliadora dos Cristãos e a Mãe que conduz seus
filhos à Vitória.
Os
primeiros dispositivos de contagem orações cristãs de rastreamento para os
Padres do Deserto que começaram monaquismo cristão , no século terceiro. Eles
tinham o hábito de orar 150 salmos por dia e, a fim de acompanhar a contagem
mantida em 150 pedrinhas uma tigela ou um saco, e removido uma pedra após cada
salmo. St. Anthony do Egito e St. Pacômio são frequentemente associados com
o desenvolvimento de cabos de oração no século 4. Essas cordas eram com 150 nós
e ganharam popularidade porque pesavam menos do que um saco de 150
pedras. Estas cordas "oração" (também chamado komboskini) continuam
a ser utilizadas no cristianismo oriental hoje.
komboskini
Essas
cordas eram usadas apenas para as orações a Jesus,não envolvendo orações à Virgem Maria .
Sempre o
Rosário
É por isso que as
saudações repetidas do Rosário são tão poderosos. O Ave, Maria repetida
incansavelmente abre o coração à irrigação suave do Espírito Santo, para a água
viva prometida por Jesus aos que crêem n'Ele (cf. Jo 7:38). O Rosário é uma das maneiras
mais seguras de obter os dons e os frutos do Espírito Santo. Aquele que invoca a Mãe de
Deus invoca o Espírito Santo, pois ela nunca nos visita à parte do Espírito
Santo, que sombra sobre ela no momento da Anunciação, falou através dela, na
Visitação, a inspirou em Caná, desceu sobre ela a partir da boca do Crucificado
no Calvário, e encheu-a de fogo no Pentecostes.
Você pode achar útil
para meditar os mistérios do Rosário em que a relação entre a Virgem Maria eo
Espírito Santo é mais claramente reveladas: 1) a Anunciação, 2) da Visitação,
3) a festa de casamento em Caná, 4) a A morte de Jesus na Cruz, 5) do Retiro no
Cenáculo e na efusão do Espírito Santo no Pentecostes.
Instituição do Rosário Giovanni Battista Tiepollo
São Domingos Distribuindo Rosários osb a Proteção da Virgem 1739 Paróquia N Sra do Rosário Veneza
“Oh Maria, Maria templo da Trindade! Oh Maria, portadora do fogo! Maria que ofereces misericórdia, que germinas o fruto, que redimes o género humano, porque sofrendo a carne que é tua no Verbo, foi novamente redimido o mundo.
Oh Maria, terra fértil! És a nova planta de que recebemos a fragrante flor do Verbo, Unigénito Filho de Deus, pois em ti, terra fértil, foi semeado esse Verbo. És a terra e és a planta. Oh Maria, carro de fogo! Tu levaste o fogo escondido e velado debaixo do pó da tua humanidade.
Oh Maria, vaso de humildade no qual está e arde a luz do verdadeiro conhecimento com que te elevastes sobre ti mesma. Por isso agradastes ao Pai eterno e te chamou e te levou até si, amando-te com amor singular. Com a luz e o fogo da tua caridade, e com o unguento da tua humildade atraístes e inclinastes a Divindade para que viesse a ti, embora antes tivesse sido impelido a vir até nós pelo ardentíssimo fogo da sua inestimável caridade.”[1]
[1] Cf. OBRAS DE SANTA CATALINA DE SIENA, Edição preparada por José Salvador y Conde. Madrid, BAC, 2007, 475.
São Domingos Distribuindo Rosários osb a Proteção da Virgem 1739 Paróquia N Sra do Rosário Veneza
Uma oração que foi composta na festa da Anunciação, a 25 de Março de
1379, dia em que Catarina cumpria o seu trigésimo segundo aniversário.
Foi composta em Roma e certamente tem alguma influência na sua
composição o facto de Catarina viver por esta data perto da igreja
dominicana de Santa Maria Supra Minerva, cuja invocação é a da
Anunciação.
“Oh Maria, Maria templo da Trindade! Oh Maria, portadora do fogo! Maria que ofereces misericórdia, que germinas o fruto, que redimes o género humano, porque sofrendo a carne que é tua no Verbo, foi novamente redimido o mundo.
Oh Maria, terra fértil! És a nova planta de que recebemos a fragrante flor do Verbo, Unigénito Filho de Deus, pois em ti, terra fértil, foi semeado esse Verbo. És a terra e és a planta. Oh Maria, carro de fogo! Tu levaste o fogo escondido e velado debaixo do pó da tua humanidade.
Oh Maria, vaso de humildade no qual está e arde a luz do verdadeiro conhecimento com que te elevastes sobre ti mesma. Por isso agradastes ao Pai eterno e te chamou e te levou até si, amando-te com amor singular. Com a luz e o fogo da tua caridade, e com o unguento da tua humildade atraístes e inclinastes a Divindade para que viesse a ti, embora antes tivesse sido impelido a vir até nós pelo ardentíssimo fogo da sua inestimável caridade.”[1]
[1] Cf. OBRAS DE SANTA CATALINA DE SIENA, Edição preparada por José Salvador y Conde. Madrid, BAC, 2007, 475.
Virgen del Rosario
Lady of Rosary Santiago Spain 18s
O “buquê” de 200 rosas - por isso Rosário - é rezado praticamente em todas as línguas.
O rosário nasceu como a oração dos simples em contraste com a recitação do
Ofício divino, em latim, por parte dos monges letrados. Seu valor espiritual
ultrapassou a fronteira fechada dos mosteiros para alcançar a imensa massa de
fieis. Tornou-se devoção privilegiada na
Igreja.
Conjuga vários fatores que
alimentam a espiritualidade. Gira em torno das duas orações mais importantes
para os católicos: Pai-nosso e Ave-Maria. Ambas de origem bíblica. O pai-nosso
nasce dos lábios de Jesus. A Ave-Maria compõe elementos da Escritura com a
tradição da devoção a Maria. O fiel bebe de genuina fonte evangélica.
Oração
vocal. A repetição das ave-marias tem produzido duplo efeito. Para alguns se
torna pesada. E assim muitos desistem de rezá-la. No entanto, outros descobrem
nela força mântrica de lentamente elevar o espírito até
Deus.
A oração do rosário se faz com
o auxílio do objeto do terço. A sua materialidade só tem importância porque
ajuda o fiel a rezar, a orientar-se na sequência das ave-marias e das dezenas
do rosário. Ora, quando as pessoas atribuem mais importância à coisa material
do terço a rezá-lo, corrompe-se o sentido da oração e entra-se no âmbito da
magia, da desvirtuação da religião. O terço perde o sentido simbólico de objeto
orientado para a reza e se transforma até mesmo em fetiche ou acessório de
moda.
Pe. J. B. Libanio
Igreja da Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (negros escravos) Ouro Preto MG Brasil
A
festa de Nossa Senhora do Rosário, no Brasil, está também muito ligada a grupos
de negros que realizam os Autos populares conhecidos pelos nomes de “Congada”,
“Congado” ou “Congos”. Por essa vinculação aos negros, o Congado se tornou
também uma festa de santos da cor negra, como São Benedito e Santa
Efigênia.
Crowned with stars...
Nous te saluons,
Ô toi notre Dame
Marie, Vierge Sainte que drape le soleil
Couronnée d'étoiles, la lune est sous tes pas
En toi nous est donnée
L'aurore du Salut
Nous te saluons,
Ô toi notre Dame
Marie, Vierge Sainte que drape le soleil
Couronnée d'étoiles, la lune est sous tes pas
En toi nous est donnée
L'aurore du Salut
Here is the Salve Regina, chanted by the Monastic Choir of the Abbey of
Notre-Dame Fontgombault. It is a beautiful version of this song to our
Blessed Mother. Ave Maria!
Our Lady of the Rosary
Ora
pro nobis sancta Dei Genetrix.
Ut digni efficiamur
promissionibus Christi.
Amen.
Nossa Senhora do Rosário e Amor dos Cartuxos
Virgem Maria oferecendo o Rosário aos Cartuxos Francisco Zurbarán 1638
Museum Poznan Polônia
El Santo Rosário en la Cartuja
No século XV, alguns monges cartuxos da região do rio Reno deram um impulso decisivo à oração do Rosário, dando-lhe uma difusãodecisiva,dividindo cada dezena com um Pai-nosso e promoveram a recitação da Ave-Maria unida à meditação da vida de Cristo e de nossa Senhora.
La Grande Chartreuse Grenoble France
Madonna of the Carthusians Francisco de Zurbaran
La Grande Chartreuse
Monastery France
Os Monges Cartuxos Cantando Salve Regina
Chartreuse Monastery Grenoble
Nossa Senhora entregando o Rosário aos Monges Cartuxos fr. João Sanches Cotan sec XV
Museum de belas Artes Granada
Presença dos Cartuxos na configuração do Rosário
El Santo Rosario en la Cartuja
Cartujos del Rim com Maria en el Calvario anonimo 1616
Presença dos Cartuxos na configuração do Rosário
El Santo Rosario en la Cartuja
No século XV, alguns monges cartuxos da região do rio Reno deram um impulso decisivo à oração do Rosário, dande-lhe uma difusão e com a divisão de cada dezena com um Pai-nosso, promoveram a recitação da Ave-Maria unida à meditação da vida de Cristo e de nossa Senhora. Desde então foi se estendendo o Rosário das Cláusulas- como um buquê de rosas espirituais oferecido à Maria.
Cartujos del Rim com Maria en el Calvario anonimo 1616
Virgem do Rosário e Menino Jesus entregando o Rosário aos Monges Cartuxos;
pintura sobre o couro de José Lapayesse Jerez Espanha
http://pt.encydia.com/gl/Batalha_de_Lepanto
Giovan
Tinelli di Olivano, in "Catolicismo" nº 250, outubro de 1971
vita, dulcedo, et spes nostra, salve.
ad te clamamus exsules filii Hevae,
ad te suspiramus, gementes et flentes
in hac lacrimarum valle.
Eia, ergo, advocata nostra, illos tuos
misericordes oculos ad nos converte;
et Jesum, benedictum fructum ventris tui,
nobis post hoc exsilium ostende.
O clemens, O pia, O dulcis Virgo Maria.