sábado, 16 de fevereiro de 2013

Sete Pecados Capitais - The Seven Deadly Sins





God hates sin, 
not because of what it does to Him, 
but because of what it does to us.

 Fr A. James Bernstein (via antonyofva)




Hieronymus Bosch - Os sete pecados capitais
(1480 – Museo del Prado, Madrid)

Não se sabe ao certo qual a origem desta obra. Talvez provenha da encomenda de uma ordem monástica da época. Sabe-se apenas que posteriormente passou a compor a coleção rei espanhol Felipe II, juntamente com outras obras do artista.

Bosch escolhia para seus temas moralistas personagens de lendas, provérbios e superstições populares, dando-lhes um aspecto alegórico na representação. Com isso ele criou uma iconografia fantástica própria, que lhe permitiu abordar desde os pecados humanos até sua terrível conseqüência, o inferno.
No restante, temos a representação de cada um dos sete pecados capitais: avareza, soberba, gula, ira, inveja, preguiça e luxúria.   
        A Lista dos Pecados Capitais foi feita no século VI pelo 
        papa São Gregório Magno.
Bosch demonstrou sua preocupação com o homem, mostrou de forma contundente e sem rodeios sua percepção apocalíptica da condição humana.





Em Os Sete Pecados Capitais, o grande círculo representa o olho de Deus que observa a humanidade. No centro do quadro está a figura de Cristo no interior da íris azul, mostrando suas chagas. A íris está circundada por um círculo dourado em forma de raios de sol. Ali existe a inscrição: “Cuidado, Deus tudo vê” (Cave Cave Deus videt).
Em cima deste grande círculo, está escrito: “Porque são um um povo desprovido de propósito e que não possuem nenhuma compreensão. Oxalá fossem sábios, e entendessem isto e se preparassem para seu final”. 

E na parte inferior: “Esconderei meu rosto deles e observarei seu final”. 
E estes momentos finais estão representados no quatro círculos menores: a morte, o juízo final, o inferno e o paraíso.
  Do lado esquerdo, a primeira imagem é a do homem em seu leito de morte. Próximo do morto estão religiosos, acima de sua cabeceira, um anjo e um diabo esperam para levar a alma. Atrás da cama, a figura da morte.

No anel do lado direito, há uma cena do Juízo Final. Os anjos com suas trombetas anunciam a segunda chegada de Cristo. Os mortos saem da Terra para serem julgados pela derradeira vez.
 
Nos anéis embaixo, temos do lado esquerdo, o Inferno e do direito, o Paraíso. 
No Inferno, pessoas são torturadas para depois serem jogadas num caldeirão que ferve, atiçado por demônios. Ao fundo da imagem, vemos uma casa e uma montanha ardentes.

 No Paraíso, a parte de cima é dominada por Deus e seus santos e logo abaixo os anjos recebem os eleitos que entram no Reino dos Céus



No Inferno, pessoas são torturadas para depois serem jogadas num caldeirão que ferve, atiçado por demônios.Ao fundo da imagem, vemos uma casa e uma montanha ardentes.


A GULA



A Gula mostra um homem obeso, mascando um osso, numa mesa repleta de alimentos. A mulher traz mais comida, uma ave assada. Do lado direito, outro membro da família bebe vinho sofregamente da jarra, que escorre. Abaixo do homem obeso, uma criança gorda, seu filho, pede mais comida. Pendurados na paredes, uma faca e um chapéu com uma flecha traspassada lembram objetos de caçador para obter mais comida.


Gula

Morada da alma: “Orandum est ut sit mens sana in corpore sano” (Reze para que a mente seja sã dentro de um corpo são), como rogou o poeta satírico romano, Giovenale, o corpo requer boa alimentação, higiene e exercícios físicos regulares.

Todo vício é um excesso e o de comida embota a mente, pois o estômago, quando não é reprimido enfraquece a alma, tornando-nos menos humanos e mais animais. Demônio  inverte assentadas hierarquias: ao invés de comer para viver, vive-se para comer. 

A oração daquele que jejua é como um pintinho voando mais alto que uma águia, enquanto que a [oração] do glutão está envolta nas trevas. A nuvem esconde os raios do sol e a digestão pesada dos alimentos ofusca a mente.


o pecado da gula 


"Um espelho sujo não reflete claramente a imagem daquele que se põe diante dele e o intelecto, tonto pela saciez, não acolhe o conhecimento de Deus.

Uma terra não cultivada gera espinhos e de uma mente corrompida pela gula germinam maus pensamentos.

Como na lama não emana boa cheiro, tampouco no glutão é possível sentir o suave perfume da contemplação.

O olho do glutão explora com curiosidade os banquetes, enquanto que o olhar do moderado observa os ensinamentos dos sábios."
Evágrio




Glutonaria e Luxuria  Hieronymus Blosch





Glutonaria  Jacob de Backer 1570-75 Naples

 Ao que hoje chamamos gula, Evágrio chamava gastrimargia, literalmente "loucura do ventre".



A Gula é“Procura desordenada do prazer no beber e no comer”
GERA:
Estupidez – A inteligência indisposta pelos vapores que sobe à cabeça e que impedem a reflexão, a oração, etc.
Alegria vã – A razão perde a sua ascendência sobre a vontade; já não manda, porque “o bebida em excesso faz crer que tudo é bem-estar e felicidade”.
Loquacidade – Desordem nas palavras: “a língua agita-se a torto e a direito”.
Palhaçada – Desordem dos gestos: “tudo é bom para rir”.
Impureza – Desordem do corpo: a falta de asseio, falta de reserva e todas as espécies de excessos.


 São Pedro Crisólogo


 O jejum é um arado maravilhoso para lavrar o campo da santidade: converte os corações, desenraíza o mal, arranca o pecado, enterra o vício, semeia a caridade; mantém a fecundidade e prepara a colheita da inocência.
 São Pedro Crisólogo

O Jejum é uma das orações mais dolorosas
e também a mais sinceras e compensadoras


São João de Cronstadt  
 O jejum é indispensável ao cristão para clarificar o seu espírito, despertar e desenvolver os seus sentimentos, estimular a sua vontade. Estas faculdades humanas são obscurecidas e asfixiadas principalmente pelo excesso do comer e do beber, bem como pelas preocupações desta vida; separamo-nos então de Deus, fonte de vida, e caímos na corrupção e na vaidade, desfigurando e contaminando a imagem de Deus em nós. A libertinagem e a sensualidade fixam-nos à terra e cortam, por assim dizer, as asas da nossa alma.
Repara como era alto o vôo dos ascetas e dos que jejuavam, eles planavam nos céus como águias, eles que eram nascidos da terra viviam pelo espírito e pelo coração nos céus, e aí escutavam palavras inefáveis e aprendiam a sabedoria divina.
  O jejum é ainda necessário ao cristão porque desde a Encarnação do Filho de Deus a natureza humana foi espiritualizada e divinizada. Nós apressamos agora o nosso passo em direção ao reino de Deus porque este não é um negócio de comida ou de bebida, mas de justiça, paz e alegria no Espírito Santo. 
Os alimentos são para o ventre e o ventre para os alimentos, mas Deus destruirá um como outros.
Comer e beber, ou seja procurar os prazeres carnais, é bom para aqueles que não acreditam, que não conhecem as alegrias celestes e espirituais, que fundam toda a sua vida nos prazeres da carne. É por esta razão que o Senhor no Evangelho condena tão frequentemente esta paixão destrutiva.”



 Saint John Kronstadt
 como combater a gula?
Temperantia - virtude que modera os apetites, as paixões. Sobriedade no uso de alimentos e bebidas.

O ORGULHO


No Orgulho, um demônio exibe um espelho a uma mulher. 

Quase inexistentes na Idade Média, na atual Idade Mídia, os veículos de comunicação, cônscios do poder em alimentar essa necessidade mundana de – ser mais e melhor, – incutem na mente das pessoas um desejo desesperado por “aparecer” e permanecer em evidência. 
Diferente da inveja, que envergonhadamente se oculta, a Vaidade (soberba) tem furor pelos holofotes. Não por acaso, seu demônio é Lúcifer – que antes da queda, era o portador de Luz.

É necessário esclarecer, porém, que bem próxima à vaidade  há ainda um erro que Tomás apontou como sendo um pecado “supracapital”, onde a distorção do espírito é tão medonha que não me contento em brilhar entre os pares – para além do bem e do mal – vanitas descomunal, a rivalidade é suprema: 
é  o empenho feroz que, destituído de virtude  busca alcançar a excelência, ser “o melhor” naquilo que se propõe.
 
A Soberba é um erro tão descomunal que atua como uma espécie de guarda-chuva, abarcando sob si todos os demais pecados capitais. 
A soberba é bem parecida, mas muito, muito superior à mundana e prosaica vaidade (inanis gloria – vangloria), tanto que hoje, a Igreja prefere colocá-la no lugar da vaidade.

Orgulho tolo, a vaidade é confronto da criatura efêmera com seu semelhante. 

" Ein Volk, ein Reich, ein Führer!"


Já a soberba é quando o ser humano confronta-se e disputa a primazia com o próprio Criador.
Na vaidade, quero ser melhor, mais amado, mais bonito, inteligente, rico ou bem-sucedido que o vizinho, o colega e até mesmo meu irmão; na soberba a distorção do espírito é tão medonha que não me contento em brilhar entre os pares – para além do bem e do mal – vanitas descomunal, a rivalidade é suprema: julgo-me no direito e exijo ocupar o topós (lugar). Satanás quer ser Deus.

Orgulho ou vã Glória é a “Paixão que nos leva a sobre-estimar e a procurar de modo exagerado a glória”
GERA:
Jactância - Coloca-se a si mesmo à frente e dá-se valor por presunção.
Afetação das novidades – ou querendo causar admiração e impressionar pelas suas atitudes audaciosas ou rebuscadas (modas, idéias, etc.)
Hipocrisia – ou ainda, simulando a posse de certas qualidades, para parecer o que na verdade não é.
Obstinação – Distingue-se dos outros pela teimosia do seu espírito.
Discórdia – ou pela sua vontade de desacordo, onde os corações deviam estar unidos…
Contenção – Impõe-se os outros por palavras duras.
Desobediência – manifesta-se desde a insubmissão até a revolta.
 aplacar a soberba requer humildade
humilitate- virtude que resulta do sentimento da nossa fraqueza  ou que origina esse sentimento. 



 

 A  ACÍDIA

Preguiça mostra uma mulher vestida para ir à missa e tentando acordar um homem que dorme uma gostosa soneca.



Quanto à Preguiça, esqueçam o estereótipo do desocupado prostrado numa rede. 
Ao nos debruçarmos sobre a Acídia medieval (a acídia ocupava o lugar de nossa Preguiça) compreendemos que a “rede” na qual o demônio nos enlaça, é outra.
Na Acídia/Preguiça, o espírito inquieto e perdido se derrama no vasto e variado, o que torna a pessoa apática, letárgica, totalmente sem foco. E justamente por desenraizar o espírito, essa preguiça entedia e impede o indivíduo de descansar, de relaxar genuinamente – como um fracassado náufrago que navega à deriva – passam-se as horas, os dias, os anos e, sem nada que o entusiasme a aportar, sobrevém a depressão.
Sua  primogênita é a tristeza - depressão,torpor , e a segunda é o desespero.

 Gustave Doré  Neophytu

 Acídia - atonia da alma é muito temida pelos monges. 


 Saõ Tomás de Aquino  liga a curiositas à evagatio mentis, ‘dissipação do espírito’ (...)”. Isso nos lembra a “nova rede” à qual nos abandonamos, muitas vezes sem rumo, propósito ou moderação: internet! Também pode levar as pessoas às intermináveis viagens ao redor do mundo sem qualquer interesse específico.
A acídia/preguiça seqüestra o homem de si mesmo e lhe subtrai. 


A Preguiça é “Procura desordenada do repouso e do prazer em nada fazer, negligenciando o seu bem espiritual”
GERA:
Desespero – Renuncia ao fim que o faz triste, o bem divino.
Pusilanimidade – Falta de coragem em relação aos meios de perfeição, que parecem muito penosos.
Indolência – o cumprimento dos mandamentos comuns a todos é uma fonte de tristeza e eles são negligenciados.
Malícia – Desprezo pelos próprios bens espirituais.
Desvio para as coisas interditas – Procura de outros bens interditos, para preencher o vazio afetivo.


 Aplacar a acídia/preguiça requer diligência.

diligentia - zelo, cuidado activo, actividade


A AVAREZA


Na Avareza, um juiz aceita suborno 

A Avareza (ganância) também tem sua compreensão deveras limitada pelo estereótipo do velhinho que amealha e esconde seu rico dinheirinho embaixo do colchão. O vício da avareza abarca e encampa os sonegadores, os agiotas, os especuladores, os corruptos, os traidores, os assassinos e os ladrões.

Temeroso, pois em suas alucinações sempre fantasia falência e miséria, escravo de suas posses – o avarento sequer as desfruta – não as possui, é possuído por elas. Não que o dinheiro em si seja sujo ou ruim, mas o amor excessivo ao dinheiro é raiz de muito mal. A ganância é freqüentemente associada a uma mulher que, dizem apela para a dissimulação: aparentando virtude, oculta seu arrivismo, fingindo apenas estar preocupada com o bem-estar, a educação, enfim, o futuro dos filhos.

Dante retratará a condição dos gananciosos, avarentos, acumuladores e os esbanjadores. No Purgatório, à espera do perdão, lá permanecem de bruços, com o rosto colado à terra e, sem poder voltar os olhos para o céu, repetem incessantemente o Salmo 119: “Minha Alma está apegada ao pó”.


Usurário e sua Mulher  Marinus Reymeswaele 1539 Prado


 Rembrandt van Rijn Parábola do Homem Rico 1627
A Avareza é“Amor desregrado pelo dinheiro e bens materiais”

GERA:
Dureza de coração – Desejo excessivo de conservar o dinheiro; o coração deixa de se abrir às necessidades dos outros.
Inquietação – Desejo excessivo de obter dinheiro, o que leva a cuidados e preocupações exageradas.
Violência - Para se apoderar do seu bem, seja abertamente pela força.
Embuste – Seja de modo disfarçado pela artimanha – por palavras.
Perjúrio – (agravo pelo falso juramento).
Fraude – Por atos.
Traição - Violação dos segredos do próximo, com o fim de ganho de dinheiro (Judas).


Quentin Massys (belgian painter) Cambista e sua Mulher Louvre




Hieronymus Bosch A Morte e o  Avarento

Mostra um homem magérrimo, à beira da morte recebendo de um monstrinho um saco de dinheiro. Enquanto isso, a morte fica escondida atrás da porta com uma lança na mão. Mostra também um religioso depositando dinheiro num baú e outro monstrinho recebendo. O anjo da guarda volta-se para o crucifixo na janela numa prece pelo avarento


A questão não é ser ou não ambicioso, mas quão ambicioso se pode e deve ser. A perversão se dá quando posses e status definem quem você é – espantosamente até para si mesmo! 
Adam Smith em "A Teoria dos Sentimentos Morais"  atesta que "Independente de quão egoísta possa ser o homem, há evidentemente um princípio natural que o faz interessar-se pela sorte dos outros e considerar sua felicidade necessária para si, mesmo que nada obtenha dela além do prazer de vê-la". 

«E disse então ao povo: Guardai-vos escrupulosamente de toda a avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas». 
 S.Lucas,12,15             

 aplacar a avareza requer  caridade.
caritate - amor ao próximo, bondade, generosidade



A INVEJA

na Inveja, é retratado o provérbio “dois cachorros com um osso raramente chegam a um acordo.”
 
A desprezível "deusa romana da Inveja" Invídia), por onde passa seca flores e plantações, envenenando tudo o que é bom. Inconfessável, a inveja é um vício constrangedor: atormentadora, começa por invadir todos os pensamentos e, na seqüência, domina as atitudes da pessoa. 


Théodore Géricault La Monomane de L'Envie, também chamada La Hyène de la Salpêtrière
1819-1820  Musée des Beaux-Arts, Lyon

 
Um retrato de uma senhora infeliz em La Salpêtrière, em Paris, do hospital para loucos. Um dos principais sintomas da sua doença era inveja. A inveja é gravada em seu rosto. Ela a consumiu. Em ambas as pinturas vê-se a inveja como uma figura isolada fechada e assustada determinada a rebaixar outros e assim garantir a sua própria superioridade..

Foi o primeiro pecado cometido pelo demônio e também o que motivou o primeiro assassinato.


 Jacob de Backer  Inveja um dos Sete Pecados Capitais  1570-75  Museo Nazionale di Capodimonte Napoles



 No Purgatório de Dante, os invejosos são condenados a vagar tendo os olhos costurados com arame. Isso porque a inveja é um pecado cometido pelos olhos. 
Em nossa língua, não encontramos uma palavra para definir o que seja sentir alegria no sofrimento ou má sorte do outro, mas em alemão há: “schadenfreude”. Já vivenciar a alegria do outro como se fosse minha (o antônimo da inveja), em grego antigo, é “synkhairía”.

Na Hélade, precisamente em Atenas, periodicamente os cidadãos eram chamados a, secretamente, escrever o nome de uma pessoa que gostariam que fosse expulsa da cidade num caco de cerâmica chamado “ostrakon”. Se determinado indivíduo tivesse seu nome registrado muitas vezes, ele era simplesmente expulso da cidade. O período de ostracismo durava cerca de dez anos. Para quem se recusasse a pena era a morte.

Certa vez, um nobilíssimo e muito distinto cidadão ao flagrar seu nome sendo escrito indagou: “O que ele fez para que escrevas seu nome”? – o outro cidadão respondeu: “Nada. É que não suporto mais ouvir falarem tão bem dele”.

Caim and Abel Tiziano Vecelli  1570


 Gustave Doré Caim e Abel Ofertando Sacrifício a Deus



A Inveja é a “Tristeza com o bem de outrem, porque esse bem é entendido como uma diminuição da sua própria excelência pessoal”

GERA:
Maledicência – em seguida, fere-se a sua reputação, falando abertamente mal.
Alegria com o mal de outrem – Se o mal chega a alguém: “É bem feito!”.
Tristeza pelo bem dos outros – Inveja-se a pessoa pelos seus bens materiais e espirituais (este último ponto é um pecado contra o Espírito Santo).


 Tintoretto  The Murder of Abel  O  Assassino  de Abel  1551


Uma das filhas mais famosas da inveja é a fofoca (sussurratio). Ela calunia, difama, fomenta intrigas, promove discórdia e desarmonia. Tem um poder de devastação tão grande que consegue fazer romper de modo irreversível, delicados e belos laços afetivos até mesmo entre consangüíneos. Mais uma vez, eis o demônio, plenamente satisfeito e realizado.


Nicolas Poussin Le Temps soustrait la Vérité aux atteintes de L'Envie et de la Discorde Tempo resgata Verdade das garras de Inveja e da Discórdia 1641 - 1642  Musée du Louvre, Paris
 
A pintura foi encomendada pelo grande cardeal de Richelieu para o escritório principal de seu palácio. Este foi o escritório do homem que havia determinado o destino de seu país e da Europa no decorrer de muitos anos Foi uma de uma série de obras encomendadas pelo Cardeal ao Poussin, quando o artista estava em Paris
O Tempo está conduzindo a Verdade para a Luz; ela está estendendo os braços em direção ao destino divino. É no tempo ou na eternidade? O pequeno querubim segurando a cauda do Tempo é um símbolo da eternidade.
Verdade está a ser resgatada da Inveja e da Discórdia mostrada como sentada na parte inferior da obra.
A Inveja, naturalmente, é de cor verde, assim como suas roupas. e como são as serpentes que a envolvem . Verde venenoso; seu rosto revela agonia, dor e depressão.
O vermelho é a cor da Discórdia. A cor de raiva e violência. Vermelho é o rosto e vestido, as chamas do seu cordão e as feridas provocadas por sua adaga.
O vermelho e o verde não realizam debates amigáveis, mas toda a guerra civil. É a partir desses personagens horríveis que o Tempo resgata Verdade em Assunção ou Apoteose para a Luz.
A alegoria descrita mostra a íntima relação de inveja e discórdia e a destruição que lhes estão associados. Foi um tema constante e recorrente na pregação da Igreja medieval .
A inveja é um dos sete pecados capitais. 

A inveja é a sombra obrigatória do génio e da glória.


A Calúnia


Alessandro Botticelli. (March 1, 1445 – May 17, 1510)
La Calunnia di Apelle/ The Calumny of Apelles. c.1494-1495.
Tempera on panel.
62 × 91 cm
Galleria degli Uffizi, Florence



Um jovem homem inocente é arrastado diante do trono do rei pelas personificações de Calúnia, Malícia, Fraude e Inveja. Elas são seguidas de um lado pela a Ansiedade, representada  como uma mulher velha, virada para a nua Verdade . Verdade, como o jovem inocente, é nua por como ele não tem nada a esconder. Os gestos eloqüentes e expressão da única figura imponente na pintura estão apontando para o céu, onde uma maior justiça será dispensada.
Botticelli baseou sua figura da Verdade sobre o tipo clássico da Vênus pudica, bem como suas representações próprias de Vênus. Ela é uma beleza nua, um oposto eficaz para a personificação do Remorso, uma velha mulher agoniada com roupas surradas .
 O Rancor, vestido de preto, está arrastando Calúnia para frente com a mão direita, como um símbolo das mentiras que ela se espalhou; ela está segurando uma tocha acesa na mão esquerda, enquanto  está puxando sua vítima, um jovem quase nu, pelos cabelo com a mão direita. Sua inocência é mostrada por sua nudez, o que significa que ele não tem nada a esconder. Em vão, ele já cruzou as mãos, de modo a rogar sua libertação.

Atrás de Calúnia, as Fraude e Perfídia são com atenção envolvidas em hipocritamente trançar os cabelos de sua amada com uma fita branca e espalhando rosas sobre a cabeça e ombros. Nas formas enganadoras de belas mulheres jovens, eles estão fazendo uso insidioso dos símbolos da pureza e inocência para adornar as mentiras de Calúnia.

O rei está sentado no lado direito da imagem em um trono levantado em um salão aberto decorado com relevos e esculturas. Ele é ladeado pelas figuras alegóricas da Ignorância e Desconfiança, que são avidamente sussurrando os rumores nos seus ouvidos.Seus olhos são reduzidos, assim como ele é incapaz de ver o que está acontecendo, ele está estendendo a mão para o Rancor, que está em pé diante dele ".

Apeles de Kos (floresceu quarto século aC) foi um renomado pintor da Grécia antiga.Continua a ser considerado como o maior pintor da antiguidade. Suas obras não sobreviveram.Um de seus quadros mais famosos foi “A Calúnia.”
Apeles produziu sua pintura porque  foi injustamente caluniado por um
artista rival invejoso , Antiphilos, que o acusou na frente do rei do Egito, Ptolomeu I Soter, de ser cúmplice de uma conspiração.Depois de Apeles tinha sido provado ser inocente, ele lidou com sua raiva e desejo de vingança, pintando a o quadro.
Vários pintores do Renascimento italiano repetiram este tema incluindo o Alessandro Botticelli.Tais obras ilustram a admiração sentida por artistas da Renascença para a Antigüidade, assim como os seus desejos de rivalizar com as realizações de seus antepassados ​​ilustres


 "[Calúnia] apresenta-nos uma situação de preocupação moral e eticamente grave, porque viola a dignidade das pessoas e prejudica a verdade. E, no final, a verdade é a única base em que uma boa sociedade pode ser construída.
Isaías 33;15

 A Calúnia The  Calumny of Appeles Sandro Botticelli (detail)






 Falar mal de alguém equivale a vendê-lo.

2013-03-28 L'Osservatore Romano (www.new.va)
Falar mal de alguém equivale a vendê-lo. Como fez Judas, que vendeu Jesus por trinta denários. Papa Francisco admoestou contra as intrigas com um convite explícito: «Nunca falar mal de outras pessoas».
 Papa quis deixar uma reflexão sobre o gesto feito por Judas, um dos amigos de Jesus, que não hesita  vendê-lo aos chefes dos sacerdotes. «Jesus é como uma mercadoria: é vendido. É vendido naquele momento – ressaltou – e também muitas vezes no mercado da história, no mercado da vida, no mercado da nossa vida. Quando fazemos uma escolha pelos trinta denários, pomos Jesus de lado».
Quando se encontra um conhecido e a conversa se torna intriga, difamação, segundo o Papa «esta é uma venda» e a pessoa no centro da nossa tagarelice «torna-se uma mercadoria». Não sei porquê – disse ainda o Pontífice – mas há uma alegria obscura na tagarelice». Começa-se com palavras boas, «mas depois vem o murmúrio. E começa-se aquele arranhar o outro». E é então que deveríamos pensar que todas as vezes que nos comportamos assim, «fazemos a mesma coisa que fez Judas», que quando se encontrou com os chefes dos sacerdotes para vender Jesus, tinha o coração fechado, não tinha compreensão, não tinha amor, não tinha amizade.
 «Pensemos e peçamos perdão», porque o que fazemos ao próximo, ao amigo, «fazemo-lo a Jesus. Porque Jesus está neste amigo». E se nos apercebemos de que a nossa conversa pode fazer mal a alguém, «rezemos ao Senhor, falemos com o Senhor disto, para o bem do outro: Senhor, ajuda-o». Não devo ser eu – concluiu - «quem faz justiça com a minha língua. Peçamos esta graça ao Senhor».[...]







"O religioso perfeito
 só se entristece com as ofensas contra o Criador"
Santa Catarina de Sena






 Martyrdom of St.Stephen  ortodox icon

Não há injúria, nem perda, nem desgosto, qualquer que seja
 que perturbe a paz de um coração onde reina a doçura.


Aplacar a inveja requer generosidade.
generositate- qualidade daquele que é generoso; magnanimidade 
 

Curiosamente, não são poucas as pessoas que buscam ser alvo de inveja. 


A IRA


A Ira apresenta uma cena de ciúme e conflito.

A Ira é vício mortal. Cega o homem (o furioso não pode ver a luz), é o mais violento e deixa o irado desfigurado, paradoxalmente, também se apresenta pela virtude.
Segundo o Antigo Testamento, o próprio Deus, erguendo-se pela Justiça, irou-se, ao menos três vezes, vide Adão e Eva, o Dilúvio e Sodoma e Gomorra. 


 Gustave Doré  Moisés arremessando as Tábuas da Lei de Deus


A Ira também acomete os que zelam pela Justiça: “É necessário o máximo cuidado para que a ira, que deve ser instrumento da virtude, não domine a mente, mas que, como serva pronta a obedecer, não deixe de seguir a razão, pois quanto mais sujeita à razão, tanto mais veementemente se ergue contra os vícios”, como diz Gregório. 



A Ira é a “Paixão desregrada que nos leva a vingarmo-nos do que nos ofende”.
GERA:
Fúria do espírito – Enche-se o espírito de perturbação para encontrar meio de se vingar
Injúria - As palavras tornam-se ultrajes contra o próximo…
Blasfêmia – Contra Deus, para jurar, clamando vingança.
Rixa – a querela passa aos atos: violência física.



 São Francisco de Sales.
Bispo e Príncipe de Genebra, Doutor da Igreja,
Patrono da família Salesiana,
Patrono dos escritores e dos jornalista.

 Como São Francisco de Sales conseguiu dominar seu temperamento irado:

 Um apóstolo do amor e da misericórdia. Um homem que conseguiu expressar, com o seu amor e a sua vida, a mansidão do Senhor.
Diz-se que, depois de sua morte, descobriu-se que sua mesa de trabalho estava toda arranhada por baixo, porque, com seu temperamento forte, preferia arranhar a mesa a responder sem amor e sem mansidão para as pessoas.

Ao abrirem seu corpo, os médicos constataram que o fígado do Santo se petrificara com o esforço que fizera sempre para dominar seu temperamento sangüíneo, e conservar constantemente aquela suavidade e doçura, aparentemente tão naturais nele, que conquistavam os corações mais empedernidos.

Aplacar a ira requer paciência.
patiencia - virtude que faz suportar os males com resignação



A LUXÚRIA

A Luxúria retrata dois casais de amantes divertindo-se próximo a uma tenda de brocado vermelho. Há na cena comida, bebida e instrumentos musicais como a lira, propícios ao jogo amoroso. Próximo deles, os divertem um  palhaço e um bufão


A Luxúria é o mais sedutor dos vícios, pois seus prazeres são os oriundos do sexo, mas quando em desmedida e intensamente despudorado. 
A Luxúria é mais problemática quando a capacidade de controlar os instintos é ameaçada pela lembrança de indeléveis experiências ocorridas durante a infância.
O demônio da Luxúria ama a pornografia e nos força a desejar outros corpos: “Ele ataca cruelmente (...) enlameia a alma e a seduz a ações vergonhosas (...). O demônio da luxúria trabalha, sobretudo através da fantasia, que ele enche de imagens e de pensamentos impuros, desta maneira obscurecendo a razão”.
Alguma renúncia ao instinto é necessária à civilização.


A Luxúria“Procura desordenada do prazer da carne”
GERA:
Cegueira de alma
Precipitação
Inconsideração
Inconstância – As quatro atingem a inteligência:
1)- Apreensão: “O amor é cego”.
2)- Deliberação: Sem autocontrole, não existe reflexão.
3)- Julgamento: Erro, ilusão, decisões inflexíveis.
4)- Resolução: Indecisão, tergiversações.
Egoísmo – Deu as desordens da vontade:
1)- Escolha do fim: “Quero o meu prazer, ainda que desordenado…
2)- Aversão a Deus – …mesmo que Deus mo proíba…”
3)- Amor da vida presente e horror da vida futura
4)- Escolha dos meios: “Nada me interessa mais do que as alegrias da vida presente!”




É típico que esse vício atue de modo repentino, preferencialmente, à noite, libertando e incendiando os instintos até a mais completa animalidade.


" Pela beleza de uma mulher muitos pereceram,
 pois daí se abrasa o desejo como o fogo."
Eclo 9,9


 
O que dizem os monges: "o corpo de uma mulher é feito de fogo"

"Desvia teu olhar da mulher enfeitada e não olhes com curiosidade para a beleza alheia."Eclo 9


 


 "Não fixes o olhar numa virgem para que não venhas cair por sua beleza."Eclo 9


 

 "Não te dirijas a uma mulher da vida para que não venhas a cair em seus laços."
Eclo 9

 Disse um ancião: “Os pensamentos impuros são como o papel; quando jogados sobre nós, se os arredamos sem consentimentos, eles se rasgam facilmente; mas se tão logo se nos apresente o recebemos com prazer e consentimento, eles vem a ser como o ferro, difícil de partir. Devemos pois usar de discernimento ante tais pensamentos, pois para quem consente com eles não há esperança de salvação; já uma coroa está reservada para quem não consente com eles”.


Sodomitas


Perigo do Canto da Sereia

Homero descreve em seu poema épico “Odisséia” o perigo que Ulisses enfrentou ao navegar no Mar Egeu, no seu regresso a Ítaca, sua pátria, depois da batalha de Tróia. Ninguém podia escapar com vida após ouvir o belíssimo canto das sereias.
Elas exerciam um poder irresistível sobre seus ouvintes, que, inebriados, se atiravam nas águas e nunca mais voltavam. Ulisses, herói da mitologia grega e símbolo da capacidade humana de superar adversidades, resolveu conhecer esse canto, sem contudo colocar em risco sua vida.
 
John William Waterhouse  Ulysses and the Sirens 1891

Estava disposto ao confronto. Então ordenou aos seus marujos que o amarrassem ao mastro do seu navio para que pudesse ouvir o canto mortal. Os marujos taparam os ouvidos com cera. Assim, o marido da Penélope e seus companheiros atravessaram sem perigo aquele pedaço de mar, ouvindo o maldito canto.

Herbert James Drapper Ulisses and the Sirens

Os marinheiros, surdos, continuavam remando, enquanto Ulisses, com o rosto transtornado pelo que elas diziam, lutava desesperadamente contra a corda que lhe apertava os pulsos. Aos poucos, porém, a ilha foi ficando para trás, e as vozes delas se perderam na distância. Sem qualquer comentário, Ulisses retomou o comando.
O que ele ouviu, ninguém sabe. Ulisses jamais revelou o que, naquele dia, o levou a debater-se como um louco para se livrar das amarras - mas, ao que parece, as sereias souberam escolher as palavras certas para tocar seu coração, assim como o fariam com qualquer outro que delas se aproximasse.




Giovanni Segantini (Italian, 1858-1899)
The Punishment of Lust 1891 a punição de luxúria
Oil on canvas, 99 x 172.8cm
Walker Art Gallery, Liverpool



Ekwall Knut - Fisherman and Sirene O Pescador e a Sereia

 Dizia o abade Tiago: “- Como a lamparina ilumina o quarto escuro, assim o temor de Deus, quando pousa no coração do homem, ilumina e lhe ensina todas as virtudes e todos os mandamentos divinos”. (Tiago, 3).



 Lord Frederic Leighton  The Fisherman and the Siren   O Pescador e a Sereia




Francesco Furini  Ila e le Ninfe  1630-33 Palazzo  Pitti Florence


 Numa luta contra a tentação carnal - 
o vencedor é aquele, quem foge!!!!!

"Entre Santa e Santo, Muro de Cal e Canto!"
Santo Afonso de Ligório




Os monges da Igreja antiga - os teóforos travavam lutas radicais e desesperadas para preservar  a sua paz!!


22. Na Cítia havia um irmão, lidador experimentado. O inimigo lhe trazia à fantasia uma mulher graciosa e o atormentava deveras. Ora, por um efeito da Providência, outro irmão desceu do Egito à Cítia e, durante a conversação, lhe noticiou que a mulher de alguém morrera. Era justamente a que o atormentava. Ante essa notícia ele pegou seu manto e partiu de noite para o sítio onde a sabia enterrada. Ele escavou a sepultura e embebeu o manto no líqüido que minava do cadáver. O mal cheiro era intolerável, mas ele guardou aquele chorume consigo e combatia seus pensamentos dizendo: “Eis o que desejavas; pois bem, tu o tens. Refastela-te!”. E se impôs a si o tormento daquela podridão até que o desejo se tranqüilizasse nele. 
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 Een monikk en een begijn, by Cornelis Cornelitsz van Haarlem 1591


Provérbios 5,15-21

"Beba da água da tua cisterna... preserva tua água para ti...
Seja bendita a tua fonte e alegra-te com a esposa da tua juventude, corça querida e gazela graciosa, suas carícias te enebriem em todo tempo e te alegres sempre  no seu amor.
Por que te deixarias seduzir, meu filho, pela mulher alheia e repousarias no seio de uma estranha?
Diante do Senhor estão os caminhos do ser humano, ele observa todos os nossos passos."

Provérbios 6,32  "Quem comete adultério,está louco: perde sua vida quem faz tal cosa. Pois arranja surras e desonra para si e sua infâmia não se apagará;"


 Quando Deus vê a bonita luta, 
 concede a cegueira para a tentação carnal. 

Aplacar a luxúria requer castidade
castitate - virtude da pureza, dos que se abstém de prazeres sensuais, intacto,não misturado 





Vencer o mal não consiste em tolher a “vontade” ou não se permitir ser acometido por “desejos” – impedir isso não seria nada razoável vontades, desejos e paixões, além de tornar-nos humanos são necessários à felicidade, à evolução e à perpetuação da espécie – mas é sim, priorizando a razão acima dos desejos, que somos livres para decidir com lucidez quando convém ou não ,além de como e o quanto satisfazê-los.

Sim, os “maus daimons” nos tentam o tempo todo, mas é a nós, somente a nós que cabe decidir e escolher "o" agir:  de livres ou escravos – homens ou animais.
E é considerando (con siderio = pôr junto às estrelas) o “Outro”, nosso semelhante (em Filosofia denominamos “Alter”), que somos éticos, virtuosos.

 

"Porque, como se diz em boa teologia moral católica, abismo atrai abismo: o pecado clama por outro pecado ainda maior, e este por outro, e mais outro ainda, e esta cadeia só é encerrada quando o pecador, por misericórdia divina, cai em si e, com a graça de Deus, empreende um esforço lancinante para pôr fim ao redemoinho vicioso em cujo vórtice se encontra cativo."



"A fé ilumina o mistério do mal e traz a 
certeza de que é bom ser um homem”.

 Papa Bento XVI







A Diagram Of The Virtues, In St. Anselm's 'Similitudes' And Other Works 1225
Ink and pigments on vellum
Cotton MS Cleopatra C XI
Item number: f.75r
The British Library, London

"St. Anselm (c.1033-1109), archbishop of Canterbury, was a widely influential medieval philosopher and theologian, perhaps best known for formulating a theory which sought to prove the existence of God. In his 'Similitudes', also called 'Human Morals', he compares virtues and vices. Other texts in this volume include an account by Adam, monk of Eynsham, of a vision of purgatory and paradise experienced by his brother Edmund in 1196. The illustrations are exceptional because they usually attempt to illustrate abstract ideas, often in pairs, such as health and sickness, or strength and weakness. This manuscript belonged to the Cistercian Abbey of Dore, Herefordshire, by the 14th century, and it may have been written and illustrated there.
 The various Virtues, including Fortitude, Temperance, Justice, etc., are illustrated with Christ raising a man from his tomb, Christ enthroned, King Solomon, the Harrowing of Hell, and several other figures. (Commentary by The British Library)


Hieronymus Bosch




Ódio espuma; preguiça se derrama; gula engorda; avareza acumula; 
luxúria se oferece; orgulho brilha; inveja se esconde.

God hates sin, not because of what it does to Him, 
but because of what it does to us.
- Fr A. James Bernstein 



"Sem passar pelas tentações, ninguém se salva."
Santo Antão



São Domingos - ( fundador da ordem dominicana)
 superando as paixões humanas 
 Giordano Luca Nantes
Saint Dominic overcoming the human passions


Ave Maria


As Sete Virtudes
Para combater os pecados capitais: 
Temperança - Generosidade - Humildade - Castidade - Disciplina - Paciência - Caridade.

"Senhor nosso Deus que dissipais as trevas da ignorância com a luz de Cristo, Vossa Palavra, fortalecei a fé em nossos corações, para que nenhuma tentação apague a chama acesa por Vossa graça. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo." 
 Liturgia das Horas







Referências: 

http://idlespeculations-terryprest.blogspot.com/2011/01/saint-bernard-of-clairvaux-holy-name-of.html